segunda-feira, março 26

Pesquisadores da CPRM participaram de debate sobre Águas Subterrâneas

Painelistas debateram sobre os principais desafios para se conhecer melhor as águas subterrâneas


BRASÍLIA - Estratégias de uso e proteção das águas subterrâneas: estudos de caso regionais e desafios foram discutidos durante o Fórum Mundial da Água em Brasília. A sessão de debates foi coordenada por Thales Sampaio e contou com participação de Roberto Kirchheim, pesquisadores em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Essa sessão foi a única do evento que abordou exclusivamente questões relacionadas com as águas subterrâneas e despertou o interesse de especialistas.


O tema principal da sessão foi a redução da quantidade de águas subterrâneas, que hoje são menos de 1% da água do planeta Terra.  A palestra contou com a presença de Antonio Chambel, presidente da Associação Internacional de Geólogos (AIH) e de sete painelistas de diversos países, como Áustria e Estados Unidos.

Para Thales Sampaio, a extração de águas subterrâneas aumentou exponencialmente desde 1950, o que tem gerado uma polêmica quanto ao volume de água restante nos aquíferos. Depois que Sampaio levantou essa questão, os painelistas debateram sobre os principais desafios para se conhecer melhor as águas subterrâneas. 

Pradeep Aggarwal da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) avalia que o maior desafio dos pesquisadores é não enxergar a água na superfície. Para ele, a solução para esse problema seria o aumento do acesso à informação e tecnologia, que quando compartilhado entre os países, pode gerar conhecimento mais abrangente e soluções plausíveis para países que sofrem com a seca.

De acordo com Victor Heilweil do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) um dos temas para a pauta dos debates é a conservação da água. Ele citou como exemplo, Las Vegas, onde a seca predomina em grande parte do ano. Como cientistas, devemos colocar em prática as aplicações que estudamos, deixando o conhecimento aberto ao público e não apenas criar modelos e mapas que ficarão guardados", afirmou Heilweil.

 Investimento - Já o Professor Chang acredita que é necessário mais investimentos para obtenção de conhecimento. Para ele, o nível de conhecimento pode ser correlacionado com dois aspectos importantes: complexidade geológica e grau de investimento. A necessidade ao acesso aos dados requer recursos e pesquisadores que possam divulgar esse conhecimento, gerindo conscientemente os recursos e obtendo resultados mais seguros.

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Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM 
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