sexta-feira, outubro 14

Intensificação do monitoramento sismográfico é tema discutido pela CPRM em Congresso de Geologia


O 48º Congresso Brasileiro de Geologia foi momento de discussão e apresentação de dados sobre a rede sismográfica brasileira e a intensificação do monitoramento sismográfico no Centro-Norte do Brasil. A apresentação do tema foi realizada pelo pesquisador do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marcos Vinícius Ferreira, e do professor da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Rocha, que estão engajados no projeto.

O Brasil possui uma Rede Sismográfica que é coordenada pelo Laboratório de Sismologia da CPRM. Composta por quatro instituições nacionais (USP, UnB, UFRN e Observatório Nacional), foi criada por meio de um acordo e monitora os eventos sísmicos no país e localidades próximas. 

A Rede Sismológica do Brasil (RSBR) possui mais de 80 estações de banda larga espalhadas pelo país. A transmissão desses dados é feita em tempo real via satélite, sendo disponibilizadas para entidades governamentais, empresas e sociedade. Agora, o foco da Rede é estudar eventos sísmicos na região Centro-Norte do país, que já possui 24 estações de monitoramento espalhadas nos estados e uma estação prevista para ser instalada na cidade de Tefé, no Amazonas.

O pesquisador em geociências, Tiago Antonielli, acredita que a Rede é essencial para difundir informações da atividade sísmica e aprofundar os estudos acerca da tectônica/neotectonica em áreas de interesse específico, além de ser uma importante ferramenta para divulgação de novos produtos.

Rede possui 24 estações instaladas em estados da região centro-norte
“Com ela, podemos gerar mapas de amaça sísmica, calcular tempos de retornos de sismos de determinada magnitude, o que poderá servir de subsídio para instalação de grandes obras de engenharia, como barramentos, instalação de minas subterrâneas, afirmou.

Já o geofísico da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Collaço, acredita que o monitoramento é importante para qualquer país, até mesmo para o Brasil onde tremores maiores não são comuns. “O estudo da sismicidade nos ajuda a delimitar áreas onde o risco sísmico é mais elevado, contribuindo para um melhor planejamento da construção de grandes obras na construção civil, usinas hidrelétricas e nucleares. É fundamental para o monitoramento de represas, barragens de áreas de mineração, podendo assim evitar desastres ambientais”, esclareceu. 

Laboratório de Sismologia da CPRM

Além de monitorar os sismos e seus eventos causadores, o Laboratório de Sismologia tem como objetivos realizar estudos aplicados sobre a estrutura profunda da crosta e do manto, utilizando técnicas como modelagem geodinâmica, tomografia sísmica e função do receptor, dentre outros.

Esses estudos, desenvolvidos em parceria com as equipes da CPRM ou com instituições de pesquisa e ensino, permitem que se avance no conhecimento da evolução tectônica da terra, com diversas aplicações diretas e indiretas, em especial subsidiando programas de exploração mineral e o planejamento estratégico relativo ao uso e ocupação do solo, a fim de minimizar possíveis prejuízos em caso de eventos sísmicos.


Para mais informações, acesse o site da RSBR.

Assessoria de Comunicação
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