O 48º Congresso Brasileiro de Geologia foi momento
de discussão e apresentação de dados sobre a rede sismográfica brasileira e a
intensificação do monitoramento sismográfico no Centro-Norte do Brasil. A
apresentação do tema foi realizada pelo pesquisador do Serviço Geológico do
Brasil (CPRM), Marcos Vinícius Ferreira, e do professor da Universidade de
Brasília (UnB), Marcelo Rocha, que estão engajados no projeto.
O Brasil
possui uma Rede Sismográfica que é coordenada pelo Laboratório de Sismologia da
CPRM. Composta por quatro instituições nacionais (USP, UnB, UFRN e
Observatório Nacional), foi criada por meio de um acordo e monitora
os eventos sísmicos no país e localidades próximas.
A Rede Sismológica do Brasil (RSBR) possui mais de 80
estações de banda larga espalhadas pelo país. A transmissão desses dados é
feita em tempo real via satélite, sendo disponibilizadas para entidades
governamentais, empresas e sociedade. Agora, o foco da Rede é estudar eventos
sísmicos na região Centro-Norte do país, que já possui 24 estações de
monitoramento espalhadas nos estados e uma estação prevista para ser instalada
na cidade de Tefé, no Amazonas.
O pesquisador em geociências, Tiago Antonielli,
acredita que a Rede é essencial para difundir informações da atividade sísmica
e aprofundar os estudos acerca da tectônica/neotectonica em áreas de interesse
específico, além de ser uma importante ferramenta para divulgação de novos
produtos.
Rede possui 24 estações instaladas em estados da região centro-norte |
Já o
geofísico da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Collaço, acredita que o
monitoramento é importante para qualquer país, até mesmo para o Brasil onde
tremores maiores não são comuns. “O estudo da sismicidade nos ajuda a delimitar
áreas onde o risco sísmico é mais elevado, contribuindo para um melhor
planejamento da construção de grandes obras na construção civil, usinas
hidrelétricas e nucleares. É fundamental para o monitoramento de represas,
barragens de áreas de mineração, podendo assim evitar desastres ambientais”,
esclareceu.
Laboratório
de Sismologia da CPRM
Além de monitorar os sismos e seus
eventos causadores, o Laboratório de Sismologia tem como objetivos realizar
estudos aplicados sobre a estrutura profunda da crosta e do manto, utilizando
técnicas como modelagem geodinâmica, tomografia sísmica e função do receptor,
dentre outros.
Esses estudos, desenvolvidos em
parceria com as equipes da CPRM ou com instituições de pesquisa e ensino, permitem
que se avance no conhecimento da evolução tectônica da terra, com diversas
aplicações diretas e indiretas, em especial subsidiando programas de exploração
mineral e o planejamento estratégico relativo ao uso e ocupação do solo, a fim
de minimizar possíveis prejuízos em caso de eventos sísmicos.
Para mais informações,
acesse o site da RSBR.
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
asscomdf@cprm.gov.br
(61) 2108-8467/8468
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