sexta-feira, novembro 6

Fórum debate os desafios do setor mineral brasileiro

Solenidade de abertura do 2º Fórum Brasileiro de Mineração
Para debater o novo Código da Mineração; o cenário econômico atual; os desafios do setor mineral brasileiro; e as tendências do mercado estrangeiro, ocorreu no dia 14/11, na Federação das Indústrias de Minas Gerais, em Belo Horizonte, o 2º Fórum Brasileiro de Mineração.
Representando o ministro de Minas e Energia no evento, o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Carlos Nogueira, destacou que o setor de mineração receberá nos próximos três anos investimentos de cerca de US$ 55 bilhões. Desse valor, mais de 40% devem ser aplicados em Minas Gerais. Nogueira lembrou que o estado tem uma peculiaridade, além de possuir muito minério de ferro, tem ouro, minerais do agronegócio e outros minerais industriais.
Sobre a importância de agregar valor à produção de minérios, Carlos Nogueira acentuou que esse é um papel da iniciativa privada que deve criar as tecnologias. “As empresas têm que buscar as oportunidades e rotas. Não adianta querer agregar valor a um material se não tiver indústria na ponta para absorver”, ponderou.
Nogueira também abordou os investimentos que o governo federal faz em infraestrutura para a mineração. “Todo mundo cobra a infraestrutura da União, mas do valor dos royalties, a parte da União é 12%. O município fica com 65% e os estados com 23%”, explicou, nesta quinta, o secretário. Para Nogueira, os estados e municípios também deveriam investir nessas obras. “Não tem como a União se responsabilizar por uma infraestrutura que é local ou regional”, disse o secretário. 
O presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castello Branco, falando em nome do governador de Minas, Fernando Pimentel, também destacou o potencial mineral do estado. Castello Brando anunciou que o governo de Minas irá elaborar o Plano Mineiro de Mineração, um estudo visando orientar os investimentos do estado no setor mineral nos próximos anos.

Castelo Branco citou, entre os projetos, o de desenvolvimento tecnológico para extração de grafeno a partir de grafita e a instalação de uma unidade piloto de produção de ímãs a partir de metais de terras raras. “Minas Gerais está investindo em projetos na área de novas tecnologias industriais”, comentou Castello Branco. Ele citou como exemplo o feldspato, material abundante no Noroeste do estado. “Hoje nós usamos o feldspato para fazer insumo para porcelanato, mas nos Estados Unidos já estão usando como fonte de fertilizante, para obter potássio”, disse.