segunda-feira, abril 27

Brasil e Japão avaliam projeto GIDES e lançam novas propostas

Membros do Comitê de Coordenação Conjunta e
representantes da CPRM

A terceira reunião do Comitê de Coordenação Conjunta (JCC) sobre o Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada em Riscos de Desastres Naturais (GIDES) ocorreu na quinta-feira (23/04), com o objetivo de desenvolver mais ações para possibilitar a troca de conhecimento entre o Brasil e o Japão.

A iniciativa é resultado da parceria da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) que firmou o projeto em agosto de 2013 com duração de quatro anos. E, como resultado dessa parceria os pesquisadores brasileiros que atuam no GIDES apresentaram sugestões de estruturação do Programa Gestão de  Riscos e Resposta a Desastres para o PPA 2016-2019.

Já como prioridade, o GIDES têm quatro eixos estratégicos: fortalecimento da capacidade de avaliação de risco; fortalecimento da capacidade de planejamento urbano, aprimoramento dos protocolos de alerta antecipado e melhoria do sistema de monitoramento e predição de desastres. Inicialmente, as ações do projeto já podem ser vistas em Petrópolis e Teresópolis, no Rio de Janeiro e Blumenau, em Santa Catarina, os quais estão sendo utilizados como pilotos na implantação das orientações do projeto GIDES .

Mesa de reunião do Comitê de Coordenação Conjunta
 Para o diretor do Departamento de Águas e Bureau de Gestão de Desastres do Ministério da Terra, Infraestrutura, Transportes e Turismo do Japão, Koji Nishiyama, os resultados diante desses eixos foram positivos. “Estivemos na cidade de Petrópolis e os técnicos já estão envolvidos de maneira bastante intensa para prevenção de desastres. Todos de maneira geral estão muito comprometidos”, afirmou Nishiyama ao destacar a dedicação dos brasileiros na avaliação dos resultados iniciais.

Para representar a CPRM na reunião, estiveram presentes a chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais, Maria Glícia da Nóbrega, e o chefe do Departamento de Gestão Territorial (DEGET), Cassio Roberto da Silva, que ressaltaram os benefícios do projeto e traçaram planos para os próximos anos.

“Nós temos feito treinamentos no Japão, em 2014 foram três pessoas, agora em 2015 vão cinco e em 2016 mais cinco. Além disso, especialistas do Japão também vieram para cá e deram cursos para os pesquisadores da CPRM. Ao todo, temos treinados 35 pesquisadores e a expectativa é de treinar toda a equipe nos próximos anos”, afirmou Cassio.

Coordenador da Área de Prevenção de Riscos do Ministério 
das Cidades, Tiago Galvão; chefe do (DEGET), Cassio
 Roberto da Silva;e assessoria de Assuntos Internacionais,
 Maria Glícia da Nóbrega.
Além disso, ele enfatizou que com a extensão do projeto, será possível preparar melhor a CPRM para o Programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres que o Governo Federal vem empreendendo desde 2012. “Com o conhecimento que vem sendo adquirido, vamos estar melhores preparados para participar dos mapeamentos e da prevenção de riscos a desastres naturais.”

Já Maria Glícia da Nóbrega ressaltou principalmente a complexidade que é o quadro territorial brasileiro e a necessidade do país ter um conhecimento técnico sólido e gestão Zdequada por parte do governo federal, estadual e municipal para disciplinar o aproveitamento racional e sustentável dos recursos minerais e hídricos do Brasil. “A cooperação internacional é nesse contexto um forte instrumento que muito pode colaborar com o país a partir da troca de experiência na busca de solução desta questão”.

Para o Coordenador da Área de Prevenção de Riscos do Ministério das Cidades, Thiago Galvão, a parceria com a CPRM vem se consolidando ainda mais e os resultados são todos positivos. Ele ressaltou ainda que a cooperação bilateral Brasil-Japão apresenta perspectivas otimistas, pois traz para o Brasil tecnologias e estratégias que até então não eram vistas.

Já para o futuro, Koji Nishiyama afirma que quer intensificar o debate com o Brasil para poder compreender as diferenças entre os países e, dessa forma, ofertar conhecimento e tecnologia que sejam aplicáveis ao Brasil e eficientes para a prevenção dos desastres naturais que possam ocorrer.