quinta-feira, junho 5

Boia oceânica é instalada no Rio Negro em Manaus

Técnicos preparam transportam a boia para a instalação
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) instalou no Rio Negro, em Manaus, a primeira boia oceânica em águas continentais no mundo. O artefato é comumente utilizado para monitorar variáveis atmosféricas e oceânicas, em situação de mar aberto. A boia instalada é dotada de sensores que medem a amplitude das ondas, direção da corrente e temperatura da água. O objetivo é correlacionar a altura das ondas do rio com as tempestades e assim poder emitir alertas à navegação.


A bóia foi ancorada na margem direita do Rio Negro, local com 21 metros de profundidade e largura de 6 km. Os dados coletados, em intervalos de minutos, são transmitidos via ondas de rádio para uma estação receptora localizada em um estaleiro na margem esquerda do rio Negro e de lá são retransmitidos via internet para o escritório da CPRM.

Posicionamento da boia no rio
A instalação da boia ou ondógrafo, realizada no dia 28 de maio, é uma das metas do projeto de pesquisa “monitoramento dos eventos de natureza hidrometeorológicos extremos e seus impactos em bacias hidrográficas urbanas na região Amazônica - Reman, financiado pela Finep/CNPQ e executado em parceria com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Além do equipamento serão instaladas duas estações climatológicas para a coleta dos dados atmosféricos, localizadas a montante e jusante do local da boia.
A boia oceânica ancorada à margem direita do Rio Negro

Participam do projeto os pesquisadores André Martinelli, Hertz Rebelo, Hugo Galúcio e Marco Oliveira da Superintendência Regional de Manaus, o pesquisador Daniel Oliveira, da Superintendência Regional de Recife e a pesquisadora Jussara Maciel, da Superintendência de Manaus.