O diretor-presidente durante apresentação no Simexmin
|
Com
a apresentação “Programa Geologia do Brasil: gerando informação para a
exploração mineral”, o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil
(CPRM), Manoel Barretto, fez na manhã desta terça-feira, 12/05, um balanço
geral da atuação da CPRM nos últimos anos, com foco nas pesquisas que
permitiram um avanço nas atividades de mineração no país.
Barretto
iniciou a palestra “Programa de Subsídios à Exploração Mineral da CPRM” mostrando
a importância da cartografia para o setor mineral, segmento da economia que
representa mais de 6% do PIB brasileiro. O diretor-presidente da CPRM ressaltou
que o governo federal fez, nos últimos anos, um esforço para ampliar os
investimentos para a exploração mineral, com vistas à geração de empregos,
renda e receitas, especialmente nas regiões mais remotas do país e para a
geração de insumos básicos para a indústria, a agricultura e construção civil.
Para tanto, as diretrizes gerais sinalizam para os mapeamentos geológicos com
foco metalogenético em áreas especiais; para projetos de geoquímica prospectiva
em áreas de interesse mineral; para projetos metalogenéticos visando fomentar
investimentos em pesquisa mineral; e para projetos temáticos com foco no
fosfato, diamante, terras raras e materiais de construção.
O
diretor-presidente da CPRM enfatizou que os levantamentos geológicos no Brasil
podem ser divididos em três grandes ciclos na geração de conhecimento. O
primeiro marca o início dos levantamentos sistemáticos que vai de 1970 até
1980; o segundo, com o Programa de Levantamento Geológico Básico (PLGB), de
1986 a 1998; e o terceiro, representado pelo atual Programa Geologia do Brasil
(PGB), iniciado em 2004. Com o PGB, o governo brasileiro investiu de 2004 até
hoje mais de US$ 105 milhões. Para ter-se uma visão sobre a importância que o
governo federal dá ao setor, a evolução orçamentária da CPRM vem crescendo ano
a ano. Em 2003, girava em torno de R$ 108 milhões. Em 2014, esse valor atingiu
mais de R$ 465 milhões.
Entre
os objetivos, destaca-se, além do avanço no conhecimento geológico básico do
Brasil, a retomada do ciclo de geração de jazidas minerais, o fortalecimento
dos sistemas estaduais de geologia e recursos minerais, a indução do setor de
serviços no setor mineral. Para tanto, os investimentos em recursos minerais
entre 2011 até hoje superam R$ 45 milhões. Manoel Barretto Também enfatizou os
trabalhos na aplicação do conhecimento geológico para dar suporte aos trabalhos
de geodiversidade, como nas atividades de uso e ocupação do solo e risco
geológico.
Barretto falou a um público predominante de empresários
|
Barretto
lembrou que a partir de 2003, houve um grande incremento para novos
levantamentos geológicos no território nacional. Segundo ele, somente na última
década foram mapeados mais de 50% de tudo o que foi feito em toda a história de
mapeamento no país. As diretrizes para os levantamentos obedeceram às seguintes
demandas: folhas selecionadas em ambientes geológicos favoráveis a
mineralizações; áreas com levantamentos aerogeofísico; e levantamentos em
escalas preferencialmente em 1:250.000 na Amazônia e 1:100.000 para o restante
do país. “Sobre os novos levantamentos geológicos, há que se destacar as
importantes parcerias com as universidades, que proporcionaram resultados muito
bons para o país, com a produção de folhas na escala de 1:100.000”, comemorou
Barretto.
Outro
grande avanço que o país experimentou na descoberta de novas áreas
potencialmente favoráveis aos investimentos para a exploração mineral, decorreu
da decisão do governo de investir nos levantamentos aerogeofísicos a partir de
projetos próprios e em parcerias com governos estaduais. Os resultados
permitiram a descoberta de novos jazimentos. Os projetos de aerogeofísica já
permitiram o mapeamento 100% do estado de Minas Gerais, Paraíba, Sergipe,
Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, entre outros. O estado da
Bahia está em fase final de conclusão de 100% do seu território, além dos
avanços consideráveis nos estados do Centro Oeste e Norte do país.