quarta-feira, janeiro 15

Pesquisadores anunciam a descoberta de réptil extinto no Brasil

Os paleontólogos Diogenes Campos, 
Alexander Kellner e André Pinheiro durante a coletiva

Apresentado nesta quarta-feira (15/01), em coletiva de imprensa, no Museu de Ciências da Terra, no Rio de Janeiro, a descrição do fóssil de um crocodilomorfo, de aproximadamente 60 milhões de anos, achado no município de Itaboraí no Rio de Janeiro. Batizado de Sahitisuchus fluminensis, que em tradução livre significa crocodilo guerreiro, a nova espécie é um raro achado de répteis fósseis no estado que não apresenta ricos depósitos paleontológicos.

Diogenes Campos, paleontólogo do Serviço Geológico
 do Brasil, sendo entrevistado na coletiva
O Sahitisuchus fluminensis faz parte de um grupo de crocodilomorfos terrestres chamado de Sebecosuchia. O novo estudo deixou claro para os paleontólogos que diferentes linhagens desses crocodilos terrestres sobreviveram à extinção do final do período Cretáceo, pertencendo a diferentes locais da América do Sul.

Painel do Sahitisuchus fluminensis 
apresentado aos jornalistas na coletiva
Segundo o paleontólogo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Diogenes Campos, esse tipo de descoberta é muito importante para a ciência. Ele explica que para que os cientistas possam entender como eram os crocodilomorfos após a grande extinção em massa que matou a maior parte dos dinossauros, é preciso de informações que esses raros répteis em depósitos Paleocenos podem trazer.

A coletiva de imprensa contou com a presença dos principais veículos de comunicação. Os três pesquisadores fizeram uma apresentação do estudo, exibiram o fóssil e um painel em que o habitat natural do Sahitisuchus foi mostrado, da figura saia a reconstituição em vida da cabeça do animal.

Detalhe da cabeça do Sahitisuchus fluminenses
O fóssil e o painel ficarão expostos no Museu de Ciência da Terra para a visitação do público. O museu está localizado na Avenida Pasteur, 404, Urca, a visitação pode ser feita das 10h às 16h.