quarta-feira, março 21

Seminário internacional debate desastres urbanos em períodos de chuvas

Técnicos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) participaram, nos dias 20 e 21 de março, do Seminário Internacional “Chuvas e Desastres Urbanos”, realizado em Ouro Preto - MG. Um dos objetivos do seminário foi propor soluções para situações emergenciais e criar mecanismos de prevenção de desastres urbanos causados por eventos naturais, com vistas a implantar uma cultura de prevenção e alerta no país.

Segundo os organizadores do evento no período das chuvas, entre os meses de dezembro e janeiro, Minas Gerais teve 234 municípios em estado de emergência prejudicados pelas chuvas, contabilizando cerca de 3,2 milhões de pessoas. As consequências das fortes chuvas no estado exigem a busca soluções por meio da troca de informações entre as instituições que atuam na prevenção, com vistas a utilizar amplamente as tecnologias existentes; aperfeiçoar as ações de planejamento urbano; e ampliar a capacidade de tomada de ações emergenciais, sob a ótica da prevenção, minimização e mitigação de desastres naturais.

Principais desafios

A palestra que abordou o tema principal do evento destacou os principais desafios do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) para a redução de risco de desastres e deslizamentos no Brasil, proferida pelo Coordenador da Área de Geologia/Geotécnica do Cemaden, Agostinho Tadashi Ogura.

Ogura ressaltou que a questão dos desastres naturais no Brasil está diretamente ligada à grande incidência e intensificação dos eventos climatológicos extremos. Para ele, é necessário que os governos, em todas as suas estâncias, federal, estadual e municipal, se conscientizem das áreas de riscos do território brasileiro. “O país ainda caminha em passos lentos na questão de monitoramento e alerta de desastres. Por isso, é muito importante que a população observe os sinais dos terrenos das áreas de risco e notifique a defesa civil. Espero que, nos próximos cinco anos, exista uma estrutura significativa para monitorar estas áreas e alertar prontamente a população”, disse.

Participação da CPRM

Durante o evento, a CPRM abordou o tema “Sistema de Alerta do Rio Doce: 15 anos de operação”. A apresentação foi organizada pelos pesquisadores Márcio Cândido, gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional da CPRM de Belo Horizonte (Sureg-BH), e pela supervisora de hidrologia da Sureg-BH, Elizabeth Davis.