Entenda a Elevação do Rio Grande:
Segundo
o pesquisador Eugênio Frazão existem na Elevação do Rio Grande recursos minerais
com valor econômico que ainda estão em processo de requerimento junto a International Seabed Authority (ISA) com
sede em Kingston na Jamaica e responsável por regular a exploração do fundo do
mar em águas internacionais sob a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar de
1982 - decidiu priorizar a criação de regras para concessão de autorizações
para sua mineração, estabelecidas em 2010, pois esta área pode realmente vir a
constituir, no futuro, até uma futura Serra Pelada no Mar.
Durante
muito tempo, os céticos afirmavam que a mineração no fundo do mar era um sonho
equivalente a procurar riquezas na Lua, mas os avanços na tecnologia de
exploração submarina, unidos a ferramentas desenvolvidas originalmente para a
exploração de petróleo e gás a partir de plataformas em alto-mar, estão mudando
este cenário. Combinando tudo isso com a perspectiva de esgotamento das
reservas de alguns metais no continente nas próximas décadas, com o consequente
aumento nos seus preços, essas áreas requeridas junto a ISA pela CPRM serão
importantes do ponto de vista estratégico e político para o Brasil.
Atualmente,
a maioria dos contratos de exploração são para sulfetos, nódulos e de crostas
Fe-Mn, como por exemplo, na Zona de Clarion-Clipperton, uma região entre duas
fissuras ao norte do equador no Oceano Pacífico e próxima ao arquipélago
havaiano.
A
Elevação do Rio Grande é uma grande montanha no fundo do Atlântico Sul, na
altura do estado do Rio de Janeiro, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa
brasileira, ou seja, em águas internacionais. A elevação vem sendo estudada
pelos geólogos da CPRM desde 2009.
Desde
a década de 60, vários países como a França, Alemanha e Coreia exploram áreas
em águas internacionais. Elas são consideradas patrimônio da humanidade pela
Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar.