sábado, janeiro 26

Serviço Geológico do Brasil levanta informações técnicas após rompimento da barragem na Mina Feijão, em Brumadinho (MG)

Marlon Coutinho, superintendente regional da CPRM, orienta equipe de atuação

Conforme determinação do Ministério de Minas Energia, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) mobilizou uma equipe composta por 30 pesquisadores, analistas e técnicos em geociências para levantamento de informações técnicas após o rompimento da barragem na Mina Feijão, em Brumadinho (MG), que aconteceu na sexta-feira (25/1). 



A primeira iniciativa para o monitoramento foi a montagem de uma sala de situação na Superintendência Regional de Belo Horizonte para acompanhar em tempo real as informações que já estão sendo recebidas pelas equipes que se encontram em trabalho de campo. Os técnicos das áreas de Hidrologia e Geoquímica da CPRM estão monitorando a velocidade do avanço do rejeito e coletando amostras de água, sedimentos em suspensão e sedimentos de fundo.

Entre as informações a serem levantadas estão dados sobre a qualidade da água, como a turbidez prevista e acontecida, condutividade elétrica, temperatura, PH, oxigênio dissolvido, análise para ânions e cátions e quantificação para metais. Também será realizada a medição da vazão do rio e descarga sólida. Os pesquisadores e analistas trabalham na sala de situação e nas atividades in loco, em Alberto Flores, Mário Campos e Ponte Nova do Paraopeba (MG).



O ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, destacou durante entrevista coletiva realizada hoje (26), no aeroporto de Confins (MG), que o objetivo agora é dar todo apoio às autoridades estadual e municipal para mitigar esse desastre que ocorreu.  “Principalmente, no que diz respeito à defesa civil para que haja o monitoramento do avanço da lama e as informações de coleta de material para saber a qualidade da água do rio Paraopeba”, afirmou.

Artur Matos, coordenador executivo, executa simulação
 do avanço do rejeito no rio Paraopeba
“Conforme determinação do Governo Federal, não estamos medindo esforços no levantamento dessas informações que são importantes, principalmente, para as cidades abastecidas pelo rio Paraopeba, pois o aumento da turbidez pode prejudicar a captação e tratamento da água. Nós vamos acompanhar e verificar a variação da concentração de sedimentos da água.  Na calha do rio possuem estações da Rede Hidrometeorológica Nacional operadas pela CPRM em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA)”, ressaltou o superintendente interino da SUREG-BH, Marlon Coutinho. 

Júlio Pinho, gerente de Infraestrutura Geocientífica, e o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial em exercício, Fernando Rego, participaram de reunião na noite de ontem (25) com representantes do Governo Federal para repasse de informações, haja vista a expertise e experiência de atuação da CPRM, no caso ocorrido em Mariana (MG), além de definir a contribuição da empresa a ser realizada nos próximos dias. Na ocasião, estiveram reunidos o ministro do MME, Bento Albuquerque, o ministro do Ministério do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o secretário da Defesa Civil Nacional, Alexandre Lucas. 

Hoje (26), os pesquisadores da CPRM, Eber Pinto, Cassiano Castro, Eduardo Marques e Marcelo Marinho, participaram de reunião com técnicos da ANA, Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM) e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) para definirem uma rede de monitoramento conjunto e sua frequência de operação.

Pedro Henrique Santos
Warley Pereira
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
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(61) 2108-8400