Turma que concluiu o curso de ENVI |
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) realizou entre os dias 10 e 14 de
setembro em Porto Alegre treinamento do software ENVI, programa computacional
de processamento digital de imagens de sensoriamento remoto. O treinamento ENVI
avançado contou com conteúdo programático personalizado para aplicações
geocientíficas da CPRM e foi ministrado gratuitamente pela empresa Sulsoft,
representante exclusiva do ENVI no Brasil. Participaram da primeira
turma, pesquisadores, pesquisadoras e analistas experientes das três
diretorias técnicas. Dos 20 participantes, 7 mulheres e 13 homens,
respeitando a distribuição de gênero na empresa, que é de aproximadamente 65%
de homens e 35% de mulheres.
O curso teve como objetivo capacitar profissionais experientes em
processamento de dados de sensoriamento remoto no software ENVI para emprego de
funcionalidades recentemente introduzidas na versão 5. O ENVI 5.5, lançado
em 2018, apresenta interface moderna e amigável, ferramentas de análise
aperfeiçoadas, e recursos de automação capazes de ampliar a capacidade de
extração de informações de imagens ópticas, de radar ou laser, com aplicação nas
diversas áreas do conhecimento geocientífico.
Segundo a pesquisadora em geociências e especialista em sensoriamento
remoto da DGM, Mônica Perrotta, o processamento digital de dados de
sensoriamento remoto na CPRM, desde 1995, tem sido desenvolvido, principalmente,
no software ENVI, que é também a solução mais empregada por instituições de
pesquisa, nacionais e internacionais, que desempenham atividades relacionadas à
observação remota da Terra. Ela acrescenta que o ENVI incorpora ferramentas
robustas de classificação e interpretação de dados complexos, como os 2.500 km²
de imagens ópticas hiperespectrais obtidas em aerolevantamentos realizados pela
CPRM, possibilitando a extração de informações mineralógicas e o mapeamento de
áreas favoráveis para conter depósitos minerais.
Soma-se a isso a importância do módulo SARscape, adquirido após o grave
episódio de deslizamentos de terra na região serrana do Rio de Janeiro em 2011,
que permite, a partir de dados de radar, a avaliação de movimentos de massa e detecção
sistemática de mudanças temporais no uso e ocupação da terra, auxiliando na
identificação e redução de riscos geológicos, e na gestão territorial. “Os
dados de sensoriamento remoto, adequadamente processados, são muito importantes
para a geração de produtos eficazes no reconhecimento de padrões geológicos e
ambientais, especialmente em áreas recobertas por florestas da região
amazônica, onde somente os dados indiretos permitem a espacialização dos
esparsos dados obtidos em campo”, destacou Mônica.
Para Edgar Shinzato, chefe do Departamento de Informações Institucionais
(DEINF), a capacitação em Sensoriamento Remoto é um dos pilares para o
desenvolvimento dos estudos geocientíficos do Serviço Geológico do Brasil.
“Vivemos em uma era de avanços tecnológicos exponenciais e com o Sensoriamento
Remoto chegamos a lugares onde nenhum ser humano tinha pisado antes e nos ajuda
a compreender melhor os fenômenos naturais, chegando a fornecer inteligência
global em tempo real”.
De acordo com o chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica
(Disege), Luiz Gustavo Rodrigues Pinto, as atividades de qualificação que a
CPRM vem oferecendo agregam valor aos produtos desenvolvidos pela empresa e
motivam profissionalmente os seus colaboradores. “Este é mais um treinamento
que tem por objetivo a qualificação e atualização dos profissionais da CPRM com
o que há de mais moderno na tecnologia geocientífica, uma importante ação para
nos mantermos na vanguarda das produções científicas no Brasil”.
Na abertura do curso, Michael Steinmayer, diretor-presidente da Sulsoft,
deu as boas-vindas aos participantes do curso: “Estamos muito felizes em
receber os técnicos da CPRM e apresentar as novas ferramentas do software ENVI
para processamento automatizado de imagens óticas e dados SAR, e as novidades
na aplicação de processamento em nuvem e Machine Learning, celebrando os
mais de 20 anos de ótima parceria com a CPRM”.
Conforme o diretor de Geologia e Recursos Minerais, José Andriotti, a
CPRM utiliza o software ENVI há mais de 20 anos. “Nesse período, o ENVI tem se
mostrado muito útil para as equipes. Além disso, sempre acompanhamos o processo
de atualização do software com a aquisição de versões novas e com o treinamento
avançado dos profissionais, de forma que a utilização do ENVI é uma cultura bem
disseminada em toda a CPRM”, destacou.
Pesquisadores e analistas da CPRM realizam curso de ENVI em Porto Alegre |
Janis Morais
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
asscomdf@cprm.gov.br