segunda-feira, setembro 17

Seminário sobre Fluorescência e Difração de raios-X portáteis atrai empresas do Brasil e exterior

 Paulo Dias ministra palestra no Seminário de Fluorescência

A aplicação da tecnologia de fluorescência de Raio-X portátil na mineração vem sido ampliada em todo o mundo e, para aprimorar os conhecimentos dessa prática, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM/SBG) promoveu entre nos dias 10 e 11 de setembro, em Belo Horizonte, o I Seminário de Fluorescência e Difração de Raios-X Portáteis. O seminário teve o objetivo de capacitar os técnicos da empresa com novas práticas sobre a tecnologia e contou com a participação de especialistas da CPRM e de empresas nacionais e internacionais.

A ideia de criar um debate sobre o tema foi iniciativa da Divisão de Geoquímica (DIGEOQ) da CPRM, ligada à Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM/CPRM). Segundo o chefe da divisão, Cassiano Castro, a empresa possui 13 equipamentos distribuídos nas unidades regionais, de diferentes modelos e marcas.

“Houve a necessidade de fazermos um levantamento sobre esses equipamentos para verificar como eles estavam sendo utilizados. Logo vimos a importância de convidar as empresas que fornecem os equipamentos e atuam no exterior para demonstrar os novos procedimentos e equipamentos mais modernos, além de compartilhar experiências”, comentou Cassiano.

O Seminário foi dividido em dois momentos. O primeiro, com a exposição das palestras dos especialistas convidados que aconteceu no auditório da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG). O debate contou com 16 palestrantes que também esclareceram dúvidas dos participantes.

Curso prático para os técnicos da CPRM foi ministrado
pela CEO da Olympus

No segundo momento 12/09 foi realizado um mini-curso prático (FRXp e DRXp) voltado para os técnicos da CPRM e de empresas com a participação da CEO da Olympus, Jennifer Caban, que fez uma apresentação prática para os pesquisadores da CPRM. A pesquisadora veio dos Estados Unidos para ministrar o curso.”

No dia 13/09 foi realizado uma reunião exclusiva da CPRM. Na parte da manhã ocorreram apresentações dos representantes de todas as unidades da CPRM sobre a situação, utilização, rotina, aplicações e os problemas com o equipamento na CPRM.

No dia 14/09, os técnicos e geólogos da CPRM foram para a Litoteca de Caeté da CPRM realizar uma atividade prática com os equipamentos de FRXp e DRXp.

No período da tarde foram apresentadas e discutidas as propostas para criação do Procedimento Operacional Padrão e do Manual Orientativo da FRXp, referente aos equipamentos da CPRM.

Os palestrantes da empresa Reflex, vieram do Peru para compartilhar os conhecimentos utilizados no país. Para o representante da empresa Henrique Perseguini, a iniciativa da CPRM contribui para ampliar o debate sobre a tecnologia. “O seminário é essencial para que possamos discutir técnicas e meios para disseminar e desmistificar as limitações para utilizar esse equipamento em campo”, declarou.

Para Paulo Dias, pesquisador em geociências e um dos palestrantes do seminário, o debate trouxe mais conhecimento e clareza para os funcionários. “Uma das vantagens de se utilizar a fluorescência de raio x portátil é que com essa tecnologia a amostra não é descartada. Outro fator importante é o tempo de entrega  dos resultados. Isso otimiza o trabalho do pesquisador no campo”, ressalta o Paulo Dias.

Figura ilustrativa mostrando os principais itens e funcionamento dos equipamentos de FRXp

Para Taís Fernandes, especialista em laboratórios da empresa CSN Mineração, o evento foi importante para integrar pessoas que estão utilizando os equipamentos. “A melhor forma de difundir essa técnica é ouvir as experiências de quem já trabalha com esse equipamento”, ressalta Taís Fernandes. 

Outro participante do Seminário, o técnico em geociências Ramon Darwin comentou sobre o curso. “O Brasil é o país que tem mais resistência em utilizar equipamentos de análise portátil, e esse seminário é essencial para que possamos discutir técnicas e meios para disseminar e desmistificar as limitações para utilizar esse equipamento em campo”.

Segundo Cassiano Castro, o próximo passo será homologar um procedimento padrão de utilização dos equipamentos e a criação de um manual para auxiliar os técnicos da empresa.

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