A
pesquisadora Alessandra Elisa Blaskowski do Serviço Geológico do Brasil (CPRM/SUREG-SA)
realizou em julho de 2018, a convite da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral
(CBPM), palestra sobre as perspectivas brasileiras nas pesquisas de
remineralizadores de solos. Ela também apresentou dados de sua pesquisa de
mestrado realizada nas rochas de descarte Mina Ipueira, que atua explorando
minério de cromo desde a década de 70 no Município de Andorinha-BA.
A pesquisadora Alessandra Elisa Blaskowski palestra
na CBPM
A
pesquisadora destacou que o Brasil é
protagonista na criação de uma nova rota tecnológica que abre alternativas ao
uso de fertilizantes solúveis, através do uso de rochas como remineralizadores
de solos, já que atualmente as rochas silicáticas com potencial para
remineralização e condicionamento de solos foram incluídas na lei dos
fertilizantes e passaram a ter a normatização
específica.
A
apresentação destacou
o potencial uso remineralizadores de solos (pós de rocha), a partir de uma
perspectiva brasileira de desenvolvimento econômico-sustentável, com destaque
para o aproveitamento de rochas de descartes de mineração.
A
pesquisa resultou na proposição de uma metodologia para prospecção de
agrominerais envolvendo: escolha de alvos, análise de bancos de dados, análises
mineralógicas (petrografia, DRX e MEV), análises litoquímicas, cálculos de
volume além de considerar a realização de “mix”
com diferentes tipos de rochas para serem utilizados posteriormente em ensaios
agronômicos e de incubação com solos.
Durante a
palestra também foram abordados os resultados da pesquisa realizada nas rochas
de descarte da Mina Ipueira, que configurou um estudo de caso com resultados interessantes
para as pesquisas de remineralizadores de solos, tendo em vista que as rochas
de descarte da mineradora tem potencial como fonte dos macronutrientes Ca,
Mg, K e micronutrientes Fe, Mn, Si, B e Co, além de considerar que o
aproveitamento de rochas disponíveis em pilhas de descartes da indústria
extrativa mineral agrega sustentabilidade e contribui para diminuir o impacto
ambiental da mineração. “Esta possível utilização traria um destino mais nobre
aos materiais de descarte da atividade mineral, contribuindo para o
desenvolvimento sustentável na região”, destaca Alessandra Blaskowski.