Multidão tomou conta do estande da CPRM para assistir as palestras |
Reunindo
uma multidão de estudantes, pesquisadores e geólogos, o estande do Serviço
Geológico do Brasil (CPRM) foi palco para a apresentação de alguns dos projetos
desenvolvidos pela empresa. Durante o primeiro dia do 49º Congresso Brasileiro
de Geologia, três palestras foram proferidas, que visavam à divulgação
científica da área de geociências.
Paulo
Dias, pesquisador de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência Regional de
Belo Horizonte (Sureg-BH), foi o responsável pela exposição do projeto de integração dos dados
geológico-geofísicos da Província Vazante-Paracatu. Motivado principalmente pela lacuna de
conhecimento sobre região, o projeto buscou informações sobre o controle
estrutural, a geometria e a arquitetura da Bacia Vazante, em especial das áreas
entre Paracatu e Unaí. Além disso, também foi pesquisada a influência das estruturas profundas e do
embasamento no controle do sistema mineralizante.
Uma das grandes conquistas do projeto foi conseguir
integrar o conhecimento, alinhando e compatibilizando dados geológicos e
geofísicos e as novas informações coletadas. Foi possível também mapear a
influência das estruturas profundas na geologia da superfície da Província
Mineral Vazante-Paracatu, tendo sido elaborada uma proposta da evolução geodinâmica
do local. Dias comentou que os estudos do Distrito Mineral de Paracatu-Unaí
foram publicados, em 2018, no Informe de Recursos Minerais, “Nós lançamos há um
mês o Informe de Recursos Minerais em Belo Horizonte, por ser o mais recente decidimos fazer essa divulgação no Congresso
Brasileiro de Geologia”.
Paulo Dias durante sua
apresentação comentou sobre o passo-a-passo do projeto |
O Mapeamento Espectral para Identificação de
Assinaturas Espectrais de Minerais de Manganês na Faixa Rio Preto (PI) foi
apresentado no estande por Deborah Mendes, pesquisadora em Geociências.
Desenvolvido graças ao Projeto Integração Geológica e de Recursos Minerais das
Faixas Marginais da Borda Norte-Noroeste do Cráton São Francisco, Subárea Rio
Preto (PI), o mapeamento foi executado pela Residência de Teresina (RETE). Para
obter informações mineralógicas adicionais, foram analisadas 28 alíquotas de
solo, que ajudaram a obtenção de dados relacionados, principalmente, as assinaturas
espectrais dos minerais de minério de ferro e manganês, bem como dos minerais
de alteração intempérica associados.
Deborah
Mendes destacou a importância do projeto para os estudos geológicos. “A espectroscopia
dá suporte, após o campo, já com as amostras coletas, para a interpretação das
rochas, possibilitando a identificação de farejadores de depósitos como, por
exemplo, o mineral de ferro que eu identifiquei e que pode estar associado à
mineralização”, conta Mendes.
A pesquisadora Deborah Mendes explicou sobre os materiais e métodos usados na pesquisa |
O
último trabalho do dia, Interpretação geofísico-geológica
dos lineamentos estruturais do Arco Magmático de Goiás (Arenópolis) - Brasil
Central, foi exposto por Felipe Martins, pesquisador da CPRM. Com o
objetivo de reunir, integrar e interpretar as informações geológicas de 14
folhas cartográficas na escala 1:100.000, o Projeto Geologia do Oeste de Goiás (Estado
de Goiás) buscou a integração dos dados geológicos e aerogeofísicos para obter
informações básicas visando atrair investimentos na prospecção e pesquisa
mineral da região.
Para
Martins, o projeto ganha ainda mais destaque quando é levada em conta sua
importância para a mineração. “A região que estamos estudando ainda não possui
uma clareza geológica como outras áreas do país, mas lá há vários potenciais
diferentes como, por exemplo, ouro, metais metálicos e até rochas ornamentais”,
explica Martins.
Felipe Martins destacou a importância do projeto no contexto do setor de mineração em Goiás |
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