quarta-feira, agosto 22

Confira as palestras do estande CPRM no primeiro dia do Congresso Brasileiro de Geologia

Multidão tomou conta do estande da CPRM para assistir as palestras

Reunindo uma multidão de estudantes, pesquisadores e geólogos, o estande do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) foi palco para a apresentação de alguns dos projetos desenvolvidos pela empresa. Durante o primeiro dia do 49º Congresso Brasileiro de Geologia, três palestras foram proferidas, que visavam à divulgação científica da área de geociências.


Paulo Dias, pesquisador de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência Regional de Belo Horizonte (Sureg-BH), foi o responsável pela exposição do projeto de integração dos dados geológico-geofísicos da Província Vazante-Paracatu.  Motivado principalmente pela lacuna de conhecimento sobre região, o projeto buscou informações sobre o controle estrutural, a geometria e a arquitetura da Bacia Vazante, em especial das áreas entre Paracatu e Unaí. Além disso, também foi pesquisada a influência das estruturas profundas e do embasamento no controle do sistema mineralizante.

Uma das grandes conquistas do projeto foi conseguir integrar o conhecimento, alinhando e compatibilizando dados geológicos e geofísicos e as novas informações coletadas. Foi possível também mapear a influência das estruturas profundas na geologia da superfície da Província Mineral Vazante-Paracatu, tendo sido elaborada uma proposta da evolução geodinâmica do local. Dias comentou que os estudos do Distrito Mineral de Paracatu-Unaí foram publicados, em 2018, no Informe de Recursos Minerais, “Nós lançamos há um mês o Informe de Recursos Minerais em Belo Horizonte, por ser o mais recente decidimos fazer essa divulgação no Congresso Brasileiro de Geologia”.


Paulo Dias durante sua apresentação comentou sobre o passo-a-passo do projeto


O Mapeamento Espectral para Identificação de Assinaturas Espectrais de Minerais de Manganês na Faixa Rio Preto (PI) foi apresentado no estande por Deborah Mendes, pesquisadora em Geociências. Desenvolvido graças ao Projeto Integração Geológica e de Recursos Minerais das Faixas Marginais da Borda Norte-Noroeste do Cráton São Francisco, Subárea Rio Preto (PI), o mapeamento foi executado pela Residência de Teresina (RETE). Para obter informações mineralógicas adicionais, foram analisadas 28 alíquotas de solo, que ajudaram a obtenção de dados relacionados, principalmente, as assinaturas espectrais dos minerais de minério de ferro e manganês, bem como dos minerais de alteração intempérica associados.

Deborah Mendes destacou a importância do projeto para os estudos geológicos. “A espectroscopia dá suporte, após o campo, já com as amostras coletas, para a interpretação das rochas, possibilitando a identificação de farejadores de depósitos como, por exemplo, o mineral de ferro que eu identifiquei e que pode estar associado à mineralização”, conta Mendes.

A pesquisadora Deborah Mendes explicou sobre os materiais e métodos usados na pesquisa


O último trabalho do dia, Interpretação geofísico-geológica dos lineamentos estruturais do Arco Magmático de Goiás (Arenópolis) - Brasil Central, foi exposto por Felipe Martins, pesquisador da CPRM. Com o objetivo de reunir, integrar e interpretar as informações geológicas de 14 folhas cartográficas na escala 1:100.000,  o Projeto Geologia do Oeste de Goiás (Estado de Goiás) buscou a integração dos dados geológicos e aerogeofísicos para obter informações básicas visando atrair investimentos na prospecção e pesquisa mineral da região.

Para Martins, o projeto ganha ainda mais destaque quando é levada em conta sua importância para a mineração. “A região que estamos estudando ainda não possui uma clareza geológica como outras áreas do país, mas lá há vários potenciais diferentes como, por exemplo, ouro, metais metálicos e até rochas ornamentais”, explica Martins.


Felipe Martins destacou a importância do projeto no contexto do setor de mineração em Goiás
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