Pesquisadores apresentam seus trabalhos durante sessão de pôsteres no 49º Congresso Brasileiro de Geologia |
Ao longo da semana do 49º Congresso Brasileiro de Geologia, que ocorreu entre os dias 20 e 24 de agosto no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, pesquisadores das cinco regiões do país e de todas as áreas do Serviço Geológico do Brasil estiveram presentes lotando as sessões de pôsteres durante as tardes do evento. Ao total, 55 trabalhos da CPRM foram apresentados. Pesquisas realizadas pela empresa nos últimos meses por todo o país sobre avaliação dos recursos hídricos e minerais, mapeamento geológico e análise da potência mineral de diferentes cidades brasileiras são exemplos dos temas apresentados.
Alguns trabalhos foram demandados pelas próprias comunidades em que a CPRM atua, como foi o caso da pesquisa intitulada “Geologia, ocorrências minerais e diagnóstico geoquímico-ambiental da região Tunuí-Caparro, no Estado do Amazonas”, realizada numa parceria entre a Gerência de Geologia e a Gerência de Gestão Territorial, ambas de Manaus. O projeto partiu de uma iniciativa dos indígenas da região da Cabeça do Cachorro, extremo noroeste do Amazonas, que solicitaram à CPRM o reconhecimento geológico da área em que vivem. Com a autorização e apoio de órgãos responsáveis como a FUNAI e o Exército, o Serviço Geológico do Brasil começou a expedição pela região.
Raissa Mesquita apresenta pôster da pesquisa “Geologia, ocorrências minerais e diagnóstico geoquímico-ambiental da região Tunuí-Caparro, no Estado do Amazonas” |
“A ideia foi integrar: fazer um projeto ambiental e geológico para que a gente pudesse conhecer a geologia de lá, as águas, os sedimentos, toda a parte ambiental. Isso tudo trabalhando em conjunto com os próprios indígenas, que compartilharam o que já conheciam”, conta uma das autoras do trabalho, Raissa Mesquita, da SUREG de Manaus. O projeto começou em outubro de 2016 e ainda está em prosseguimento. “Além de todos os resultados satisfatórios da pesquisa, tivemos uma interação social muito importante com os indígenas da região. Traduzimos o pôster com os resultados para baníua, a língua deles, para que eles realmente conheçam melhor o território que ocupam, como nos pediram”, explica a pesquisadora. Trabalhos como esse e outros apresentados durante o congresso são uma forma de compartilhar e difundir os conhecimentos produzidos pela CPRM com a comunidade exterior. Parabéns aos nossos(as) pesquisadores(as)!
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