terça-feira, junho 5

Em carta, Conselho de Administração destaca administração harmônica, cumprimento de metas e aponta desafios para o Serviço Geológico




O Conselho de Administração do Serviço Geológico do Brasil aprovou em sua última reunião, no dia 25 de maio, a “CARTA ANUAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS E GOVERNANÇA CORPORATIVA – 2018”.

O documento trata, entre outros pontos, das atividades e políticas públicas da companhia, além de trazer informações sobre despesas e ações no ano de 2017.



Clique aqui para ler a Carta na íntegra:

De acordo com a carta, o esforço dos colaboradores e dos gestores permitiu que a empresa atingisse 79% das metas físicas e 97% das financeiras, repactuadas para o ano de 2017 e no PPA 2016-2019, cumprindo assim a sua missão de disponibilizar produtos à sociedade brasileira.

“Este Conselho tem se preocupado com as responsabilidades corporativas a ele atribuídas na Lei das Estatais (Lei 13.303/2016). Para tanto, tem orientado para que as atividades da CPRM/SGB sejam conduzidas com o objetivo de realçar a Organização no âmbito do estado brasileiro. Assim, considerações de ordem socioambiental devem orientar a definição de políticas públicas e sua decorrente execução, de modo a evitar decisões que possam causar impacto negativo, na sociedade ou no meio ambiente”, diz o documento no capítulo “Comentários do Conselho e da Diretoria Executiva”.

A carta cita também o não reconhecimento pela sociedade em geral da importância da CPRM/SGB para o país, mas afirma que a imagem da empresa vem melhorando desde 2012, em razão, por exemplo, da inserção no PPA 2012-2015 do Programa Nacional de Prevenção de Desastres Naturais do governo federal.

Conselheiros e diretores listam ainda algumas inconformidades que deverão ser sanadas e a preocupação com entraves burocráticos.

“Apesar disso, vale mencionar que é a opinião deste Conselho que a gestão executiva da CPRM/SGB está sendo bem conduzida, aplicando os recursos e atingindo as metas conforme o planejado, com uma administração harmônica, cumprindo assim a Missão da Empresa.”

“Também é consenso que haverá nas próximas décadas a demanda de informações geológicas, relativas à disponibilização de bens minerais e insumos agrícolas a custos menores, monitoramento geoquímico (água, solos) para a qualidade alimentar, a prevenção de desastres naturais, disponibilidade de água potável, fornecimento de energia tradicional e alternativa, avaliação de mudanças climáticas e elaboração de instrumentos de Planejamento, gestão e ordenamento territorial.”

Veja abaixo o capítulo “Comentários do Conselho e da Diretoria Executiva”, destacado pelo diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil, Esteves Colnago, que recomenda a leitura por todos os colaboradores da instituição.

COMENTÁRIOS DOS ADMINISTRADORES: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA EXECUTIVA

Em 2017 o Conselho de Administração aprovou o Planejamento Estratégico do Serviço Geológico do Brasil, bem como as diretrizes para melhorar a estrutura organizacional e os processos, dando início à sua implantação. O Planejamento Estratégico elaborado é fruto de debate coletivo, que mobilizou colaboradores, representantes da Coordenação Nacional das Associações de Empregados da CPRM-CONAE e da Associação de Geólogos, Engenheiros da CPRM-AGEN.

A implantação do Planejamento Estratégico pelo Serviço Geológico do Brasil, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, proporciona um efetivo alinhamento – de metodologia e prioridades – de ambas as instituições. Evidencia ainda a sinergia da CPRM/SGB com as instruções normativas que norteiam sua atuação, como, por exemplo, a nova Lei das Estatais, que exige maior clareza no processo decisório, exatidão nos controles internos, transparência e eficiência na gestão; e a nova agenda do governo para o setor mineral brasileiro, ordenamento territorial e uso sustentável dos recursos hídricos.

Desta forma, o Mapa Estratégico elaborado revisita a missão institucional e constrói uma visão de futuro para a empresa, inserindo a concepção das geociências de forma integrada e como ferramenta para a entrega de soluções efetivas para à sociedade, contribuindo para melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento sustentável do país.

As novas diretrizes também fortalecem os pilares da inovação, pesquisa e desenvolvimento, orientados às demandas da sociedade; e o pilar da governança, que consolida o planejamento estratégico como ferramenta de gestão, atende à demanda dos órgãos de controle do governo federal e da sociedade com relação à transparência, gestão de riscos, normatização, corregedoria, e coloca a responsabilidade social e gestão de saúde e segurança como prioridades da empresa.

A partir de agora a CPRM/SGB entra numa nova etapa da implantação do Planejamento Estratégico como ferramenta de gestão, com o redesenho dos processos críticos e o amadurecimento de uma estrutura organizacional que favoreça o alcance dos resultados pretendidos. As diretrizes traçadas apontam para o futuro de uma instituição de referência na geração de conhecimento e no desenvolvimento de soluções efetivas em Geociências para o bem-estar da sociedade.

Nesse contexto de melhoria da governança corporativa e do cumprimento da lei 13.303 de 30 de junho de 2016, com a criação Comitê de Governança, Riscos e Controles e Corregedoria, associados aos já existentes, Ouvidoria, Comitê de Ética, Comissão de Admissibilidade, Conselho Fiscal e Auditoria Interna, ocorrerá um maior controle nos investimentos finalísticos e apoio para a execução dos produtos entregues a sociedade.

Constata-se que no ano de 2017 a CPRM/SGB apesar das restrições orçamentárias com contingenciamento financeiro em torno de 10,43%, o esforço dos colaboradores e dos gestores permitiu que a empresa atingisse 79% das metas físicas e 97% das financeiras, repactuadas para o ano de 2017 e no PPA 2016-2019, cumprindo assim a sua missão de disponibilizar produtos à sociedade brasileira.

A CPRM/SGB tem se esmerado no atendimento aos anseios dos setores mineral, recursos hídricos, planejamento e meio ambiente, desenvolvendo a sua missão e buscando a melhoria contínua dos seus produtos. O retorno da entrega dos produtos da empresa tem sido bom a muito bom por parte dos clientes, cerca de 84%, segundo recente pesquisa realizada pela Ouvidoria da Empresa. Entretanto, ocorrem algumas inconformidades que deverão ser sanadas, como o acesso amigável a algumas bases de dados do GeoSGB e a atualização das plataformas e softwares. Embora os produtos finais editorados sejam alta qualidade, a CPRM/SGB deve instrumentar e valorizar os setores de diagramação e editoração de relatórios e mapas, para que sejam eliminados os atrasos na entrega dos produtos finais.

Outra inconformidade que era o não reconhecimento pela sociedade em geral da importância da CPRM/SGB para o país, a semelhança da EMBRAPA, a imagem da empresa vem melhorando desde 2012, em razão da inserção no PPA 2012-2015 do Programa Nacional de Prevenção de Desastres Naturais do governo federal que incluiu a partir de então a execução do Mapeamento Geológico-geotécnico para a identificação de áreas de riscos a deslizamentos e inundações em diversos municípios brasileiros, e a implantação do sistema de coleta de informações para o alerta de cheias. Nesta época de intensas chuvas, a CPRM tem sido citada quase que diariamente na mídia televisiva, da mesma forma, na época de escassez de água as mesmas citações têm ocorrido com frequência.

O Programa de Desligamento Incentivado e de Sucessão Programada – PDISP em desenvolvimento até outubro de 2018, com o desligamento de 256 colaboradores, cerca de 14% do efetivo, promoverá a necessária renovação, com um novo concurso a ser realizado em 2019.

Este Conselho tem-se preocupado com as responsabilidades corporativas a ele atribuídas na Lei das Estatais (Lei 13.303/2016). Para tanto, tem orientado para que as atividades da CPRM/SGB sejam conduzidas com o objetivo de realçar a Organização no âmbito do estado brasileiro. Assim, considerações de ordem socioambiental devem orientar a definição de políticas públicas e sua decorrente execução, de modo a evitar decisões que possam causar impacto negativo, na sociedade ou no meio ambiente.

Cabe ressaltar que, causam preocupação a este Conselho os entraves burocráticos que dificultam a celeridade dos processos de licitação, a análise e chancela de contratos e convênios, assim como a nomeação de pessoas despreparadas para o desempenho de funções técnico/científicas e, motivo pelo qual, gostaríamos de chamar a atenção da administração da CPRM/SGB.

Apesar disso, vale mencionar que é a opinião deste Conselho que a gestão executiva da CPRM/SGB está sendo bem conduzida, aplicando os recursos e atingindo as metas conforme o planejado, com uma administração harmônica, cumprindo assim a Missão da Empresa.

Por fim, este Conselho gostaria também de anunciar, que em vista de melhoria da economia nacional, da carência de vários minerais e da alta probabilidade da descoberta de novos depósitos minerais no território brasileiro, existe uma expectativa auspiciosa para os próximos anos, no âmbito do Setor Mineral, de uma demanda nacional e internacional crescente por bens minerais.

Também é consenso que haverá nas próximas décadas a demanda de informações geológicas, relativas à disponibilização de bens minerais e insumos agrícolas a custos menores, monitoramento geoquímico (água, solos) para a qualidade alimentar, a prevenção de desastres naturais, disponibilidade de água potável, fornecimento de energia tradicional e alternativa, avaliação de mudanças climáticas e elaboração de instrumentos de Planejamento, gestão e ordenamento territorial.




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