O Museu de
Ciências da Terra (MCTer) recebeu, nos dias 6 e 7 de maio, a visita de Jeremy
N. McNeil, entomólogo da Universidade de Western Ontario no Canadá, e Zenaide
Gonçalves da Silva, petróloga da Universidade Nova de Lisboa (Faculdade de Ciências
e Tecnologia) .
Jeremy
McNeil veio ao Rio de Janeiro para tomar posse, na quarta-feira (9), como novo
Membro Correspondente da Academia Brasileira de Ciências, em uma solenidade que
foi realizada nas dependências do Museu do Amanhã. Essa homenagem é resultado
de suas contribuições ao estudo do comportamento dos insetos, visando ao
controle de pragas, em estreita colaboração com cientistas e instituições
brasileiras.
Na visita
dominical ao Museu, McNeil, que veio acompanhado pelo Gerente de Projetos da
Academia Marcos Cortesão Scheuenstuhl e sua filha Laura, foi recebido
pelo geólogo Diógenes de Almeida Campos, que apresentou as exposições. Além do
acervo de artrópodes, fósseis de cem milhões de anos de nossas coleções, o que
despertou maior interesse no visitante foi a percepção do grande potencial
didático e de divulgação da ciência que pode ser desenvolvido pelo Museu de
Ciências da Terra desde que receba apoio financeiro.
Membro da Royal Society do Canadá, McNeil tem sido muito ativo na conscientização pública da ciência,
interagindo, nos últimos 20 anos, com mais de 500 crianças em idade escolar na
América do Norte, Europa e Austrália. Ele também faz palestras regulares em
instituições públicas, bem como em clubes de amadores de ciência e jardinagem.
Jeremy foi o palestrante de 2006 de uma série de palestras organizada pelo Royal
Society do Canadá, em diferentes locais
desse país, e recebeu vários prêmios nacionais por suas atividades de divulgação
da ciência.
Já a
visita da geóloga Zenaide Gonçalves da Silva, na segunda-feira (7), marcou o
retorno da organizadora da exposição de minerais e rochas, que hoje reside em
Portugal. Ela foi recebida pela também geóloga Adriana Gomes de Souza e pela estagiária
Talita Aquino, além de Diógenes Campos. A pesquisadora comentou que rever essa
coleção teve “um sabor parecido a rever um filho distante, deixando-a com o
coração tão alegre como quando encontrou seu irmão caçula, que agora faz
aniversário, e toda a sua família em Salvador”.
A visita
de Zenaide Gonçalves e Manuel da Silva, seu marido, também foi marcada pela
doação de um acervo de rochas raras, tanto pela localidade de coleta, quanto
pela gênese das mesmas. Anortositos (Angola e Canadá), piroxenitos (África do
Sul) e kimberlitos (Angola e Brasil) e nódulos de olivina do arquipélago de
Cabo Verde fazem parte dos exemplares doados ao MCTer. As duas últimas amostras são provenientes do
manto terrestre, ou seja, são rochas originadas abaixo da crosta, com cerca de
30 km de profundidade.
Assessoria
de Comunicação
Serviço
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