Distribuição
das estações automáticas de monitoramento na bacia (PCDs)
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O Sistema de Alerta Hidrológico do rio Caí, operado
pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), recebeu investimento de R$350 mil para
aquisição e instalação de novos equipamentos. O processo de modernização englobou
a substituição gradual das sete plataformas de Coletas de Dados Automáticos
(PCDs), que operavam com transmissão via GSM/GPRS (telefonia celular) desde
2010, por novas plataformas que realizam transmissão via satélite (GOES) e
possuem sensores mais resistentes. O uso da nova tecnologia terá como resultado
mais precisão e garantia da informação.
Conforme a engenheira hidróloga da CPRM, Andrea
Germano, as atividades de um Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) estão em
constante processo de modernização e inovação para obter maior precisão e
confiabilidade no monitoramento e nas previsões feitas para a sociedade. “Os
novos equipamentos minimizarão a falha de envio das informações, contudo, em
caso de falha, os engenheiros e técnicos de plantão na CPRM levantam as
informações via observadores ou por meio do deslocamento das equipes ao campo
para realizar as leituras nos equipamentos”, relata.
Ela explica que o SAH Caí, assim como os outros
operados pela CPRM, é formado por um conjunto de estações de monitoramento
hidrológico que dão subsídios para a realização de previsões de nível de rios
para áreas socialmente vulneráveis a inundações. “Os dados monitorados de chuva
e níveis de rios são transmitidos até a CPRM e analisados por meio de um modelo
matemático que possibilita fazer previsões. Se necessário, são emitidos
boletins extraordinários de alerta para enchente, repassados por e-mail ao
CEMADEN, CENAD, ANA, Defesa Civil estadual, defesas civis locais, para que
eventuais prejuízos para vida e patrimônio da comunidade afetada seja mitigado”,
explica. Além disso, os dados transmitidos remotamente são armazenados e
disponibilizados ao público, em tempo real, no portal da CPRM.
Aumento do tempo de previsão – Após a instalação e
operação dos novos equipamentos, foi dado início à segunda fase da modernização
do Sistema de Alerta do Rio Caí, que tem por objetivo ampliar o tempo de
previsão antecipada do alerta para enchentes na bacia.
O engenheiro hidrólogo da CPRM, Emanuel Duarte Silva, enfatiza
a importância do melhoramento do modelo atual de previsões de níveis, composto
de redes neurais artificiais, treinadas para as situações representadas pelas
séries dos dados contínuos obtidos no período de operação do SAH de 2010 a 2018.
“O produto final ampliará o atual horizonte de previsão de 10h, bem como tem a
potencialidade de gerar previsões com menos incertezas e se adaptar a falhas de
transmissão de dados”, relatou Emanuel, que desenvolve o estudo também como
tema da sua dissertação de mestrado, sob supervisão do Professor Dr. Olavo
Pedrollo do IPH/UFRGS.
O Sistema de Alerta de Eventos Críticos (SACE) da
bacia do Rio Caí está disponível AQUI.
Os dados hidrológicos utilizados nas previsões
realizadas pelo SACE do rio Caí são provenientes da Rede Hidrometeorológica
Nacional de responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA), operada pelo
Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Instalação do Datalogger em São Francisco de Paula – RS |
Equipamentos de coleta, armazenamento e transmissão de dados
instalados em São Francisco de Paula – RS
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Instalação da antena de transmissão via satélite em São
Sebastião do Caí – RS
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Equipe trabalhando na instalação dos equipamentos em São Sebastião do Caí – RS |
Assessoria de
Comunicação
Serviço
Geológico do Brasil - CPRM
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