Modelo de prospectividade |
Realizado no município de
Costa Marques em Rondônia, o estudo retoma as pesquisas na área do Projeto
Costa Marques – única iniciativa da CPRM voltada para Elementos de Terras Raras
(ETR) na década 1990. Na época, foi realizado estudo prospectivo, sendo
caracterizado o local como um depósito de terras raras. No entanto, a
exploração não foi viabilizada devido a questões de logística e mercado, apesar
da importância que esses elementos possuem por suas propriedades físicas e
químicas e sua utilização na indústria de alta tecnologia.
Recentemente, com o
desenvolvimento do projeto Avaliação do Potencial de Terras Raras no Brasil,
iniciado em 2012, áreas potenciais para depósitos de terras raras voltaram a
ser pesquisadas. Dentre as quais, Costa Marques, pelo geólogo Tiago Buch, que
propôs a integração de dados às informações geofísicas de detalhe. O trabalho
contou com a reanálise das alíquotas de amostras disponíveis na litoteca de
Caeté, que foram coletadas no Projeto Costa Marques, e o levantamento
aerogeofísico Sudoeste de Rondônia, realizado em 2010.
O levantamento
aerogamaespectrométrico (K, Th, U) foi correlacionado com o tratamento
geoquímico de ETR. Essa premissa foi utilizada devido a correlação positiva
entre os elementos Th e U com os ETR. Os resultados obtidos permitiram a
identificação/localização de áreas com potencial para maiores teores em terra
raras no corpo granítico estudado (Suíte Intrusiva Ouro Fino), além do
desenvolvimento de metodologia que poderá ser aplicada em outras áreas de
interesse para o grupo de quinze elementos que possuem comportamento geoquímico
similar, conhecidos como lantanídeos ou terras raras.
A metodologia e resultados
deste trabalho serão apresentados pelos autores na 1ª Conferência Internacional
Resources for Future Generations a ser realizada entre os dias 16 a 22 de junho
em Vancouver, Canadá.
O mesmo maciço está sendo
estudado pelo geólogo Tiago Buch em seu trabalho de mestrado na UnB e que será
concluído em breve. O geólogo menciona que conforme o Informe Técnico, a
mineralização da Suíte Ouro Fino apresenta não só potencial para ETR, mas
também para Zr, o que é inédito no Brasil.
Acesse aqui a íntegra do
Informe Técnico número 13
http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/bitstream/doc/19031/1/Informe%20T%C3%A9cnico_13%20.pdf