Alice Castilhos, à esquerda, na abertura do evento no Rio de Janeiro |
O Serviço Geológico do
Brasil (CPRM) participou do evento Águas de Março: Desafios da Previsão, Gestão
e Tecnologia realizado quarta-feira, dia 28/03, na Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ). Alice Castilho, coordenadora do DEHID, representou a CPRM na
mesa de abertura do evento. Além da participação da coordenadora, estiveram
presentes Artur Matos, coordenador executivo do DEHID na área de alerta; Jorge
Pimentel chefe do DEGET, que apresentou o Mapeamento de Risco realizado pela
CPRM após o evento na região Serrana do Rio de Janeiro; Erico Lima e Marcos
Salviano da equipe da SUREG SP, que apresentaram o Sistema Hidrológico da bacia
do rio Muriaé, afluente do rio Paraíba do Sul, além de pesquisadores do DEHID e
do NIT.
Na abertura, Alice relatou o
que é a CPRM e qual a sua atribuição como Serviço Geológico, destacando a atuação
da empresa na operação da Rede Hidrológica Nacional há 48 anos e na operação de
sistemas de alerta de cheias: há 30 anos em Manaus, há 20 anos no Pantanal e na
bacia do Rio Doce e há 10 anos na bacia do Caí. “Após o evento na região
Serrana do Rio de Janeiro em 2011, aumentou a preocupação e investimentos para
a previsão de desastres naturais e a CPRM passou a instalar novos sistemas,
hoje possui 12 em operação”, informou.
Ressaltou que a CPRM opera
sistemas em grandes bacias, com área de drenagem da ordem de um milhão de
quilômetros quadrados, como é o caso do rio Madeira em Porto Velho, resultando
em previsões feitas com vários dias de antecedência e em bacias menores, como é
o caso da bacia do rio Caí, com previsões de algumas horas de antecedência. “São
utilizados desde modelos mais simples como correlação múltipla de cotas e
vazões até redes neurais e modelos de transformação de chuva em vazão. Para
aumentar o tempo de previsão, estão sendo usadas chuvas previstas”, explicou.
Apresentação do sistema de alerta da bacia do Muriaé por Erico Lima e Marcos Salviano |
Alice destacou ainda avanços
tecnológicos incorporados pela CPRM, como as estações automáticas interligadas
a um sistema computacional - SACE, que divulga os dados para os usuários e a
utilização de dados de Hidrologia Espacial (chuva e nível dos rios obtidos por
satélite) para a operação dos sistemas de alerta.
Por fim, Alice reforçou a
importância do encontro para impulsionar novas parcerias com instituições de
ensino, que se constituiu numa excelente oportunidade para avaliar o que tem
sido feito por outras instituições e identificar a possibilidade de parcerias a
serem firmadas, quer seja em divulgação, novas tecnologias ou modelagem. “As
universidades nos solicitam os dados dos sistemas de alerta e desenvolvem suas
pesquisas aplicando novas tecnologias e nos devolvem os resultados, que podem
ser, por exemplo: aplicação de modelos de chuva vazão e de delimitação de áreas
inundáveis. Dessa forma, a CPRM tem interesse em firmar parcerias com as
instituições de forma a buscarem em conjunto recursos para desenvolvimento de
pesquisas junto a órgãos de fomento”, apontou.
Participaram do evento
representantes de várias instituições de ensino e pesquisa brasileiras como
UFRJ, USP, UNB, INEA, Prefeitura do Rio, ANA e Defesa Civil.
Chefe do Deget, Jorge Pimentel, foi um dos palestrantes |
Assessoria
de Comunicação
Serviço
Geológico do Brasil - CPRM
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