Painelistas debateram sobre os principais desafios
para se conhecer melhor as águas subterrâneas
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BRASÍLIA - Estratégias de uso e proteção das águas
subterrâneas: estudos de caso regionais e desafios foram discutidos durante o
Fórum Mundial da Água em Brasília. A sessão de debates foi coordenada por
Thales Sampaio e contou com participação de Roberto Kirchheim, pesquisadores em
Geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Essa sessão foi a única do
evento que abordou exclusivamente questões relacionadas com as águas subterrâneas
e despertou o interesse de especialistas.
O tema principal da sessão foi a redução da quantidade
de águas subterrâneas, que hoje são menos de 1% da água do planeta Terra. A palestra contou com a presença de Antonio
Chambel, presidente da Associação Internacional de Geólogos (AIH) e de sete painelistas de diversos países, como Áustria e Estados Unidos.
Para Thales Sampaio, a extração de águas subterrâneas
aumentou exponencialmente desde 1950, o que tem gerado uma polêmica quanto ao
volume de água restante nos aquíferos. Depois que Sampaio levantou essa
questão, os painelistas debateram sobre os principais desafios para se conhecer
melhor as águas subterrâneas.
Pradeep Aggarwal da Agência Internacional de Energia
Atômica (AIEA) avalia que o maior desafio dos pesquisadores é não enxergar a água na
superfície. Para ele, a solução para esse problema seria o aumento do acesso à informação e tecnologia, que quando
compartilhado entre os países, pode gerar conhecimento mais abrangente e
soluções plausíveis para países que sofrem com a
seca.
De acordo com Victor Heilweil do Serviço
Geológico dos Estados Unidos (USGS) um dos temas para a pauta
dos debates é a conservação da água. Ele citou como
exemplo, Las Vegas, onde a seca predomina em grande parte do ano. “Como cientistas, devemos colocar em prática as aplicações que
estudamos, deixando o conhecimento aberto ao
público e não apenas criar modelos e mapas que
ficarão guardados", afirmou Heilweil.
Investimento - Já o Professor Chang acredita que é necessário mais investimentos
para obtenção de conhecimento. Para ele,
o nível de conhecimento pode ser correlacionado com dois aspectos
importantes: complexidade geológica e grau de investimento. A necessidade ao
acesso aos dados requer recursos e pesquisadores que possam divulgar esse
conhecimento, gerindo conscientemente os recursos e obtendo resultados mais
seguros.
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Assessoria
de Comunicação
Serviço
Geológico do Brasil - CPRM
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