Diretor de Geologia José Leonardo Andriotti destaca o protagonismo da CPRM no país e na América do Sul |
A comunidade científica, acadêmica, órgãos de gestão de desastres naturais, professores e demais interessados já podem acessar a partir de hoje, dia 29, o SIG do mapa tectônico da América do Sul, lançado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
O banco de dados com oito mil polígonos apresenta o ambiente tectônico do continente com a possibilidade de relacionar informações espacialmente referenciadas apresentadas em 25 camadas que mostram a formação, idade das rochas e os vulcões ativos, entre outras possibilidades. O mapa pode ser acessado em celulares ou tablets.
Lançamento – O evento realizado nesta terça-feira, dia 27/03, no Salão Nobre da CPRM no Rio de Janeiro contou com a participação do diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Andriotti; do vice-presidente da Comissão do Mapa Geológico do Mundo e pesquisador da CPRM, Carlos Schobbenhaus, do pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Umberto Cordani e da diretora regional de Geologia do Serviço Geológico da Argentina (Segemar), Graciela Vujovich.
Durante a abertura,
Andriotti destacou a importância do lançamento mapa tectônico, “O evento de
hoje demonstra o protagonismo da CPRM no país e na América do Sul e se insere
na agenda de compromisso da CPRM com lançamentos e entregas de seus produtos à
comunidade geológica, que visam aprofundar o conhecimento geológico das regiões
e fornecer dados para o setor mineral”, destacou.
A representante do Segemar,
Graciela Vujovich, destacou o trabalho de fôlego realizado e a disposição de
realizar novas ações conjuntas no futuro. “Estou muito feliz com a exitosa
cooperação entra as instituições que resultou neste importante mapa para a
América Latina. Espero que em breve possamos trabalhar novamente juntos”,
afirmou.
Palestras
–
No evento, a pesquisadora em geociências da CPRM Lêda Maria Fraga apresentou
palestra sobre a parceria da CPRM, do Serviço Geológico da Argentina (SEGEMAR)
e de outros serviços geológicos e do meio científico-acadêmico para a produção
do mapa geológico da América do Sul.
Lêda Maria Fraga apresenta SIG do mapa tectônico da América do Sul |
Para a pesquisadora, os
benefícios sociais do mapa incluem a possibilidade de oferecer a sociedade
conhecimentos vitais sobre terremotos, falhas tectônicas e criação de
montanhas, além da localização de depósitos minerais, já que tudo isso está
relacionado à tectônica das placas. “É um desejo da CPRM que a sociedade se
aproprie desse conhecimento, para que os povos da América do Sul possam se
desenvolver”, comentou Fraga.
A criação de uma nova base
geográfica georreferenciada da América do Sul foi o primeiro passo para o
desenvolvimento do mapa, seguido da elaboração de uma base geológica a partir
da harmonização e atualização dos dados disponíveis de todos os países do
continente. As bases foram então classificadas de acordo com as legendas
formuladas pelos pesquisadores Umberto Cordani, da Universidade de São Paulo
(USP), e Victor Ramos, da Universidade de Buenos Aires (UBA).
O Sistema de Informações
Geográficas (SIG) feito a partir da inclusão de camadas permitiu a inclusão de
dados provenientes de diversas fontes e permite a consulta e a analise de
informações que podem ser combinadas e dar origem a novos mapas.
O Brasil ficou responsável pela
integração e harmonização dos dados sobre a Plataforma Sul Americana e o
SEGEMAR pela atualização e reprojetação dos dados sobre o Cinturão Andino. Além
da organização, a CPRM contribuiu também para a elaboração do mapa por meio da
inclusão de novas informações sobre a América do Sul. “Os pesquisadores da
CPRM, no Congresso Internacional de Geologia de 2008, propuseram a existência
de um cinturão na parte norte da América do Sul, que hoje já está sendo
representado no mapa”, destacou Lêda Maria Fraga.
Em seguida, Umberto Cordani,
pesquisador da USP, ministrou uma palestra, na qual explicou todo o processo de
formulação de uma legenda unificada que contasse a história da evolução
tectônica do continente sul-americano. O desenvolvimento do trabalho se deu por
meio de diversos encontros entre os coordenadores do mapa e experts de
diferentes países.
Pesquisador da USP Umberto Cordani |
A legenda foi estruturada a
partir de três aspectos principais: o último evento tectônico, o ambiente
tectônico e o ano de formação das rochas. A estética visual do mapa também foi
levada em conta, permitindo que as informações pudessem ser visualizadas e
compreendidas em poucos minutos.
Cordani
salientou a relevância de uma legenda unificada para maior compreensão dos
usuários, “As legendas tiveram que ser muito estudadas, para que conseguíssemos
chegar a legendas unificadas que representassem bem as duas áreas- Plataforma
Sul Americana e Cinturão Andino- e facilitassem a utilização do usuário”.
Assessoria
de Comunicação
Serviço
Geológico do Brasil - CPRM
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