quarta-feira, março 21

Atuação da CPRM para prevenção de desastres naturais é apresentada no 8º Fórum Mundial da Água



Artur Matos relatou que o Sistema de Alerta Hidrológico da CPRM beneficia sete milhões de pessoas

Responder ao desafio de prevenir desastres naturais é uma das atuações do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que foi apresentada nesta quarta-feira, dia 21/03, no 8º Fórum Mundial da Água. Durante toda a manhã, o público presente no estande da CPRM, acompanhou a palestra do coordenador nacional dos Sistemas de Alertas Hidrológicos operados pela CPRM, Artur Matos, falou sobre Eventos Hidrológicos Críticos e a pesquisadora em Geociências Maria Emília Brenny sobre riscos geológicos. 


Primeiramente, Artur Matos destacou que a CPRM opera 75% da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), Estas estações automáticas subsidiam com informações os Sistemas de Alertas Hidrológicos. Atualmente, a CPRM opera 12 sistemas de alerta, nas bacias dos rios (Amazonas (AM), Paraguai (Pantanal MT), Doce (MG,ES), Caí (RS), Madeira (RO), Acre (AC), Brasil (RR), Parnaíba (PI), Muriaé (RJ), Taquari (RS), Mundaú (PE/AL) , Xingú (PA). Dois sistemas estão sendo instalados neste ano, Bacia do rio Uruguai (RS) e das Velhas (MG).

A CPRM é responsável pela instalação e operação das estações pluviométricas, instalação, operação, medições de vazão e levantamentos de campo nas estações fluviométricas. Todas as informações estão plataforma SACE no site da CPRM, que disponibiliza online os níveis dos rios, gráficos, boletins de monitoramento e a previsão com antecedência de quando o nível do rio irá atingir a cota de alerta e de inundação. “Os sistemas de alertas hidrológicos permitem que as comunidades e a Defesa Civil se preparem com antecedência, ajudam na redução de perdas de vidas, possibilitam a retirada de bens materiais, beneficiando mais de sete milhões de pessoas”, destacou. Os boletins são encaminhados para o Cemaden, ANA, Cenad e Defesa Civil Municipal e Estadual.

Em seguida, a geóloga da CPRM Maria Emilia Radomski Brenny apresentou o trabalho desenvolvido pela CPRM sobre riscos geológicos, impulsionado pelos esforços do Governo Federal para conhecer as áreas de risco e criar uma estrutura que responda aos grandes desastres naturais ocorridos recentemente no país. Como exemplo, citou o maior destes eventos na história do Brasil na região serrana do RJ, em Nova Friburgo e Teresópolis, em 2011, que deixou 916 vítimas fatais, 345 desaparecidos, 35 mil desalojados e um prejuízo de mais de um bilhão de reais.

Palestra da geóloga Maria Emilia Brenny


Após o desastre, entre 2012 e 2015, o país estabeleceu legislação sobre o tema, criou o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), instituiu o Plano Nacional de Gerenciamento de Risco e Respostas a Desastres Naturais e delegou à CPRM a tarefa de setorização de risco. A Setorização de Risco a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação é elaborada em escala 1:2.000, com metodologia desenvolvida pela equipe técnica da CPRM. No Brasil, 1309 municípios foram setorizados de outubro de 2011 a dezembro de 2017.

Emília explicou ainda o Projeto de Fortalecimento das Estratégias Nacionais para a Gestão Integrada em Riscos de Desastres Naturais (Gides), fruto de um acordo com o Japan International Coooperation Agency (JICA). “Foi promovido o treinamento dos técnicos da CPRM no Japão e no Brasil, o aprendizado da tecnologia japonesa e, posteriormente, a adaptação da tecnologia para o Brasil, o que resultou na qualificação e aprimoramento do trabalho de setorização de responsabilidade da CPRM”, destacou.


Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM 

(61) 2108-8400