Artur Matos relatou que o Sistema de Alerta Hidrológico da CPRM beneficia sete milhões de pessoas |
Responder ao desafio de prevenir desastres naturais é uma das atuações do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que foi apresentada nesta quarta-feira, dia 21/03, no 8º Fórum Mundial da Água. Durante toda a manhã, o público presente no estande da CPRM, acompanhou a palestra do coordenador nacional dos Sistemas de Alertas Hidrológicos operados pela CPRM, Artur Matos, falou sobre Eventos Hidrológicos Críticos e a pesquisadora em Geociências Maria Emília Brenny sobre riscos geológicos.
Primeiramente,
Artur Matos destacou que a CPRM opera 75% da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN),
Estas estações automáticas subsidiam com informações os Sistemas de Alertas
Hidrológicos. Atualmente, a CPRM opera 12 sistemas de alerta, nas bacias dos
rios (Amazonas (AM), Paraguai (Pantanal MT), Doce (MG,ES), Caí (RS), Madeira
(RO), Acre (AC), Brasil (RR), Parnaíba (PI), Muriaé (RJ), Taquari (RS), Mundaú
(PE/AL) , Xingú (PA). Dois sistemas estão sendo instalados neste ano, Bacia do
rio Uruguai (RS) e das Velhas (MG).
A CPRM
é responsável pela instalação e operação das estações pluviométricas,
instalação, operação, medições de vazão e levantamentos de campo nas estações fluviométricas.
Todas as informações estão plataforma SACE no site da CPRM, que disponibiliza
online os níveis dos rios, gráficos, boletins de monitoramento e a previsão com
antecedência de quando o nível do rio irá atingir a cota de alerta e de
inundação. “Os sistemas de alertas hidrológicos permitem que as comunidades e a
Defesa Civil se preparem com antecedência, ajudam na redução de perdas de
vidas, possibilitam a retirada de bens materiais, beneficiando mais de sete
milhões de pessoas”, destacou. Os boletins são encaminhados para o Cemaden,
ANA, Cenad e Defesa Civil Municipal e Estadual.
Em
seguida, a geóloga da CPRM Maria Emilia Radomski Brenny apresentou o trabalho
desenvolvido pela CPRM sobre riscos geológicos, impulsionado pelos esforços do
Governo Federal para conhecer as áreas de risco e criar uma estrutura que
responda aos grandes desastres naturais ocorridos recentemente no país. Como
exemplo, citou o maior destes eventos na história do Brasil na região serrana
do RJ, em Nova Friburgo e Teresópolis, em 2011, que deixou 916 vítimas fatais,
345 desaparecidos, 35 mil desalojados e um prejuízo de mais de um bilhão de
reais.
Palestra da geóloga Maria Emilia Brenny |
Após o
desastre, entre 2012 e 2015, o país estabeleceu legislação sobre o tema, criou
o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden),
Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), instituiu o
Plano Nacional de Gerenciamento de Risco e Respostas a Desastres Naturais e
delegou à CPRM a tarefa de setorização de risco. A Setorização de Risco a
Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação é elaborada em escala 1:2.000,
com metodologia desenvolvida pela equipe técnica da CPRM. No Brasil, 1309
municípios foram setorizados de outubro de 2011 a dezembro de 2017.
Emília
explicou ainda o Projeto de Fortalecimento das Estratégias Nacionais para a
Gestão Integrada em Riscos de Desastres Naturais (Gides), fruto de um acordo
com o Japan International Coooperation Agency (JICA). “Foi promovido o
treinamento dos técnicos da CPRM no Japão e no Brasil, o aprendizado da
tecnologia japonesa e, posteriormente, a adaptação da tecnologia para o Brasil,
o que resultou na qualificação e aprimoramento do trabalho de setorização de
responsabilidade da CPRM”, destacou.
Assessoria
de Comunicação
Serviço
Geológico do Brasil - CPRM
(61)
2108-8400