Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e órgãos do governo federal juntaram-se para discutir sobre o monitoramento, a gestão e a conservação da região costeira do país, com ações de adaptação às mudanças climáticas, na quinta-feira (25/01), no Rio de Janeiro, que contou com a presença de representantes dos Ministérios do Meio Ambiente e Integração Nacional, Marinha do Brasil, IBGE, ANA e ANP.
O diretor-presidente da CPRM,
Esteves Colnago abriu o evento destacando que o encontro “é de grande
relevância para o país e tem o propósito de definir em que ações a CPRM poderá
colaborar com o Programa Nacional de Conservação da Linha de Costa Brasileira
(Procosta), dentro de atividades que possui expertise, aerolevantamentos
geofísicos e tecnologia”.
O evento contou com a presença
do secretário de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio
Ambiente, Jair Vieira Tannus Junior, que enfatizou o valor da iniciativa. “Importante
o governo como um todo conversar para haver uma interação, disse”.
O diretor de Geologia e Recursos
Minerais, José Leonardo Andriotti, e o diretor de Hidrologia e Gestão
Territorial, Antônio Carlos Bacelar, falaram sobre a atuação da CPRM em suas
respectivas áreas e destacaram a capacidade técnica da CPRM em todo o
território nacional para contribuir com ações previstas no Procosta.
Em junho do ano passado durante
a Conferência dos Oceanos em Nova Iorque, onde os chefes de Estado e de Governo
assinaram documento, implementando ações para a conservação dos oceanos, foi
assumido também o compromisso do lançamento do Procosta, ressaltou Regis de
Lima, coordenador-geral do Gerenciamento Costeiro do MMA.
Roberto Teixeira Luz do IBGE e
coordenador do Comitê de Integração das Componentes Verticais Terrestre
Marítima, explicou que hoje as altitudes dos mapas não estão compatíveis com as
cartas náuticas que servem de base para modelar a propagação das ondas e das
marés. “Com a compatibilização será possível o estudo integrado da propagação
das águas profundas até as praias, onde elas podem destruir as estruturas e as
residências. Isso está acontecendo no mundo, pois é uma das consequências das
mudanças climáticas globais. O aquecimento global introduz mais energia do
sistema terrestre como um todo. Essa energia adicional se manifesta em
fenômenos meteorológicos mais intensos e frequentes,” afirmou.
Durante a Oficina de Trabalho, a
CPRM apresentou o seu acervo de projetos integrados com a temática do evento, aereogeofísica
(Luiz Gustavo), geodiversidade (Adelaide Maia) e aereobatimetria a Laser- LiDAR
por Hortencia Assis. Foram apresentadas ainda as experiências no monitoramento hidrológico
geodésico (Daniel Moreira), a nova estrutura da base de dados – GeoSGB (Hiran
Dias) e a base de dados da ANP (Elaine Loureiro).
“Após este evento a CPRM
considera-se integrada ao Programa e determinada a contribuir com as ações que
culminará com a compatibilização da topografia terrestre e profundidade da
lâmina d´água marinha da costa brasileira para reduzir e prevenir danos erosivos
e melhorar com o monitoramento dos impactos gerados seja pelas variações
climáticas seja pelas ações antrópicas”, afirmou Hortência Maria
Barboza de Assis, pesquisadora da CPRM, que representa a instituição no Grupo
de Integração do Gerenciamento Costeiro (Gi-Gerco), no âmbito da Comissão
Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM).
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