O Serviço Geológico do Brasil
(CPRM) foi uma das vinte instituições que assinou no dia 5 protocolo de
intenções que dá início ao Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos).
Trata-se de megaprojeto de investigação, documentação, inventário e
interpretação de dados de solos brasileiros para gestão de recursos e
conservação. O trabalho será desenvolvido nos próximos 30 anos e a estimativa é
de que sejam investidos R$ 740 milhões já nos 10 primeiros anos.
Ato de assinatura foi realizado na Embrapa no Dia Mundial
do solo, 5 de dezembro. Foto: Fabio Reynol/Embrapa
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O engenheiro agrônomo Paulo
Afonso Romano representou a CPRM no ato de assinatura na sede da Embrapa, em
Brasília, quando destacou a importância do trabalho integrado entre a Embrapa,
a CPRM e outras instituições. “Existe um vínculo natural das atividades
relacionadas à agricultura. Identificar o subsolo permite conhecer a origem e
os tipos de solo, de forma que a contribuição de cada instituição será
fundamental”, explicou.
Romano relatou que o programa é
importante para o ordenamento territorial do campo, a conservação dos recursos
naturais e o gerenciamento dos recursos hídricos. “Água e solo formam um
sistema integrado, sendo a boa gestão do solo na agricultura fundamental para
preservação da água e o conhecimento sobre a água é parte da responsabilidade
institucional da CPRM”, lembrou.
Romano alertou ainda que o
Brasil precisa cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). “A redução do
aquecimento global através da fixação do carbono na agricultura, a universalização
do acesso à água ou ainda o aumento da produção de alimentos são caminhos a
serem traçados, mas em todos é necessário conhecer solo, subsolo, água, a
partir da integração do conhecimento”, ressaltou.
Entre os resultados esperados
está a criação de um sistema nacional de informação sobre solos do Brasil e a
retomada de um programa nacional de levantamento de solo. Um decreto que visa a
estabelecer o Pronasolos como programa de Estado está sendo preparado pelo
governo por meio do Ministério da Agricultura.
Participam do Pronasolos, além
do Serviço Geológico do Brasil e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), Agência Espacial Brasileira (AEB), Diretoria de Serviço Geográfico
do Exército (DSG), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig),
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Instituto
Agronômico (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência
Técnica e Extensão Rural (Incaper), Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
(SBCS), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade
Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),
Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM),
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPE) e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
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