O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Vicente Lôbo, foi agraciado pela Associação dos Antigos Alunos da Escola de Minas, da Universidade federal de Ouro Preto (UFOP) com a condecoração de ex-aluno honorário, título concedido àqueles que embora não tenham se formado na escola, apresentam relevante contribuição ao setor mineral.
“Esta homenagem traz uma força interior para continuar na luta de resgatar a mineração para as próximas gerações. Esta homenagem é um reconhecimento do setor ao trabalho que está sendo feito”, disse o secretário.
Durante a solenidade, que aconteceu no dia 10 de novembro, em Ouro Preto, Lôbo recebeu das mãos do professor Adilson Rodrigues da Costa, presidente da associação, o título de ex-aluno honorário. O evento contou com a presença do diretor da Escola de Minas, Professor Issamu Endo, e dos professores Hernani Mota de Lima, vice-presidente da Escola de Minas, e Cristóvão Paes de Oliveira, presidente da Fundação Gorceix, além do diretor presidente da CPRM, Esteves Colnago.
Na ocasião, Vicente Lôbo agradeceu à honraria concedida pela associação de antigos alunos, falou sobre sua experiência profissional na iniciativa privada e sua experiência atual no serviço público. O secretário fez uma apresentação com o título “Realizações e Perspectivas para o Setor Mineral Brasileiro”. Lôbo destacou ainda que o setor necessita de união para ter representatividade global.
Entre os desafios encontrados por ele à frente da secretária, citou a retomada do crescimento do setor, que passa pela geração de novas jazidas, a criação de um ambiente amigável aos investimentos, a promoção do acesso pelo mercado a novas áreas de pesquisa e a superação do passivo de cerca de 90 mil processos em tramitação no DNPM.
O secretário também falou sobre a importância de aumentar o nível de conhecimento geológico e promover o desenvolvimento da pequena e média mineração. Lôbo avaliou que entre os problemas limitadores do crescimento do setor mineral estava uma proposta de marco regulatório que não atendia ao setor, problema que foi mitigado com o Programa de Revitalização da Indústria Mineral Brasileira, lançado em de julho pelo Governo Federal.
“Esse programa atende um setor que possui 4% do PIB e gera 13 empregos indiretos para cada 1 direto. O Brasil possui 8.400 minas em atividades e gera cerca de 24 bilhões de dólares por ano em divisas. Em um cenário no qual a cada mil projetos de pesquisa apenas um se transforma em mina, é preciso ter um ambiente amigável para o investidor, considerando o risco envolvido”, disse.
Vicente Lôbo também afirmou que o setor necessita aperfeiçoar a comunicação com a sociedade para melhorar a sua imagem e sua credibilidade, destacando como exemplo o tema da RENCA, que foi incompreendido pela sociedade. O secretário abordou ainda os desafios enfrentados pela CPRM, elogiando a capacidade de resposta da instituição frente aos novos desafios enfrentados e a qualidade dos profissionais da empresa.