sexta-feira, novembro 17

CPRM identifica 70 áreas de risco grau alto e muito alto em Juiz de Fora

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM), em parceria com a Subsecretaria de Defesa Civil Municipal de Juiz de Fora e a Universidade Federal de Juiz de Fora, realizou no mês de outubro a Setorização de Áreas de Alto a Muito Alto Risco a Movimentos de Massa do município de Juiz de Fora e a aplicação do Curso Básico de Percepção e Mapeamento do Risco Geológico, que além de Juiz de Fora, envolveu vários municípios da região de Minas Gerais.

Técnicos e fiscais municipais e Corpo de Bombeiros participaram do Curso Básico de Percepção e Mapeamento do Risco Geológico


Os trabalhos tiveram início na primeira quinzena do mês. Inicialmente foi executado o reconhecimento e setorização de áreas de risco de grau Alto e Muito Alto pelo pesquisador em Geociências da CPRM Renato Mendonça (Residência de Porto Velho-RO), em conjunto com a Defesa Civil Municipal de Juiz de Fora. O trabalho identificou mais de 70 áreas de risco de grau Alto e Muito Alto, para onde foram sugeridas ações mitigadoras visando a redução ou eliminação dos problemas identificados, ações que vão do monitoramento em épocas de chuvas a ações estruturantes que viabilizem o uso e ocupação destas áreas.
A segunda fase do trabalho caracterizou-se pela realização do Curso Básico de Percepção e Mapeamento do Risco Geológico, no período de 23 a 26 de outubro. O curso foi desenvolvido no auditório da Defesa Civil de Juiz de Fora e teve como instrutores os geólogos da CPRM Guilherme Peret e Heródoto Goes (Superintendência de Belo Horizonte – MG) e Renato Mendonça.
Os pesquisadores ministraram aulas sobre os principais processos geológicos e hidrológicos relacionados às áreas de risco no Brasil e principalmente em Minas Gerais, com enfoque na identificação e caracterização dos processos, além de medidas de prevenção e mitigação.
Dentre o público-alvo, se destacaram os técnicos e fiscais municipais de Defesa Civil e membros do Corpo de Bombeiros, tanto de Juiz de Fora como de várias cidades da região, tais como; Muriaé, Barbacena e Ubá, dentre outras. Cabe ressaltar ainda a importante presença de membros do corpo discente e um membro do corpo docente da Universidade Federal de Juiz de Fora, que também puderam acompanhar o curso. 
A abertura foi feita pelo subsecretário de Defesa Civil, Coronel Sergio Ricardo de Oliveira, que ressaltou a importância do trabalho de atualização do mapa de risco geológico de Juiz de Fora associado ao curso de capacitação, sendo uma ótima oportunidade para nivelamento de conhecimento e integração de outros setores do poder público, que estão direta ou indiretamente envolvidos em ações voltadas para defesa civil.
O representante da UFJF, Professor Jordan Henrique de Souza D.Sc. enfatizou que “É importante ressaltar a parceria entre os órgãos públicos e as instituições de ensino, sobre os problemas dos riscos ambientais na sociedade, visando as ações de prevenção e preparação para os desastres. Os futuros profissionais destes órgãos precisam ser integrados na discussão técnica e social dos problemas nas comunidades em risco”.
O curso contou também com atividades práticas de campo monitoradas pelos pesquisadores da CPRM, cujo objetivo foi apresentar alguns procedimentos de identificação, caracterização e delimitação de áreas de risco geológico relacionadas a deslizamentos e quedas de blocos rochosos, dentre outros.

O fechamento do curso ficou a cargo do prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, que salientou as ações para fortalecimento da Defesa Civil Municipal e enfatizou a importância do curso ministrado aos agentes municipais: “Fica aqui meu agradecimento aos geólogos do Serviço Geológico do Brasil, que ministraram as aulas e deixaram mais preparados não somente os servidores da Defesa Civil, mas também do Corpo de Bombeiros e estudantes da UFJF para a identificação e caracterização das situações de risco, em especial nessa época que antecede o período chuvoso”.

Apresentação da Setorização de Áreas de Alto a Muito Alto Risco a Movimentos de Massa de Juiz de Fora.

Levantamento das áreas de risco foi realizada na primeira quinzena de outubro