segunda-feira, outubro 23

Brasileiros são os que mais confiam nos canais de denúncia, segundo (OIT)



O Brasil foi avaliado pela Organização Transparência Internacional (OIT) como o país da América Latina e Caribe em que a população mais confia nos seus canais de denúncia. Verificou-se que 76% dos brasileiros consideram a prática de denunciar atos de corrupção válida e que 83% deles também acreditam que a sua ação individual pode fazer a diferença.

O dado positivo coincide com o momento de ampliação e valorização dos canais de Ouvidoria no Brasil, tanto por meio da criação de novos normativos voltados ao tema, como a Lei de Proteção e Defesa do Usuário de Serviços Públicos, novos espaços de interlocução institucional, como a Rede Nacional de Ouvidorias, e a disponibilização de novos sistemas para interlocução com o cidadão, como o e-Ouv Municípios.

Lançado no último dia 8 de outubro, o estudo Pessoas e Corrupção: América Latina e Caribe, executado pelo Latinobarómetro e pela Market Research Services,  a pedido da Organização Transparência Internacional, traça um panorama acerca da percepção de corrupção no continente, e coloca sob evidência altos índices de confiança nas ações individuais e nos canais de denúncia para o combate a corrupção no Brasil.

Conduzido por meio de entrevista com mais de 22 mil pessoas em 20 países, a pesquisa demonstrou que, dentre os brasileiros, 74% acreditam que é socialmente aceitável denunciar atos de corrupção (a média do continente é de 60%), e que 83% acreditam que a sua ação individual pode fazer diferença (a média no continente é que 70%).


“Por mais que a população por vezes esteja receosa em relação aos serviços públicos, percebe-se pelo resultado da pesquisa que ela acredita nas Ouvidorias como interlocutoras para manter o diálogo com o poder público”, avalia a ouvidora da CPRM Cinara Santos. A Ouvidoria da CPRM recebeu, em 2016, 326 manifestações. Destas, 191 foram solicitações relativas à informação sobre produtos, acesso a dados, questões administrativas. E 135 foram pedidos de acesso à informação pública, maior número de solicitações desde a Lei de Acesso à Informação entrar em vigor, em maio de 2012.

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