terça-feira, agosto 29

CPRM e DNPM realizam visita ao garimpo de Cassiterita de Bom Futuro em Ariquemes (RO)

Equipe da CPRM e do DNPM durante visita ao garimpo em Bom Futuro

No dia 21 de agosto, foi realizada uma visita de representantes do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) ao garimpo de Bom Futuro, município de Ariquemes, em Rondônia. A CPRM esteve representada pelo chefe da Residência de Porto Velho (REPO), Júlio Daniel Cunha, e pelo pesquisador em Geociências, Rommel da Silva Sousa. Como representantes do DNPM o diretor de Fiscalização, Walter Lins Arcoverde, a superintendente em Rondônia e Acre, Andreia Moreschi da Silva, engenheiro de Minas, Wagner Nascimento, responsável pelo Setor de Fiscalização de Barragens e pelo engenheiro de Minas, Ranílson Monteiro Câmera, da Superintendência de Rondônia.


Em Bom Futuro, a visita às frentes de lavra e às barragens de contenção e rejeitos foi precedida de uma apresentação da equipe técnica da COOPERSANTA, a Concessionária da lavra, dos novos parceiros de pesquisa liderados pela MERIDIAN MINING, abordando todo o histórico das atividades de lavra nesses trinta anos de atividade desse garimpo iniciada em 1987, assim como sobre as pesquisas em desenvolvimento na área. Ressalta-se que esta ocorrência de cassiterita foi cadastrada pelo Projeto Noroeste de Rondônia, executado pela CPRM para o DNPM, no início da década de 70. Desde o início da lavra nesta área ocorreram muitos avanços tecnológicos, tanto nos processos de desmonte, concentração do mineral e nas barragens de contenção de rejeitos, num progressivo processo de busca de equilíbrio da exploração com a gestão ambiental.

Pelo DNPM foi ressaltado o compromisso do Governo, no fortalecimento do setor mineral, a sustentabilidade ambiental da exploração, enfatizando a prevenção de desastres, especialmente pelo monitoramento continuado das barragens de rejeitos, para não comprometer a imagem e o desempenho dessa importante atividade econômica para o desenvolvimento do nosso país.

Na oportunidade o pesquisador, Rommel da Silva Sousa, aproveitou para fazer um breve relato dos 48 anos da CPRM e sua contribuição para o desenvolvimento do setor mineral do país e em Rondônia. Contextualizou o cenário de sua criação, no período em que se estabeleceu uma política para consolidação da economia brasileira, que era a substituição das importações de minerais. Dentro desta política nasceu um documento fundamental para o planejamento do setor de mineração, o primeiro Plano Mestre Decenal de Desenvolvimento da Mineração.

Como ações fundamentais desse Plano, citam-se o Programa Nacional de Não-Ferrosos, o Projeto Nacional de Fertilizantes e um programa específico para o cobre. Era ainda necessária a criação de uma instituição de governo com maior flexibilidade operacional, para dar continuidade às ações sistemáticas até então em execução pelo DNPM e o cumprimento das metas previstas no Plano Mestre Decenal.

Em decorrência, em 15 de agosto de 1969, foi criada a CPRM como empresa de economia mista, através do Decreto-Lei 764/69, com o objetivo de fomentar a pesquisa e o aproveitamento de recursos minerais e hídricos no Brasil, bem como assessorar o DNPM e o Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE) para agilizar as suas ações de regulação das atividades de mineração e geração de energia, respectivamente.

Com a criação da CPRM se inicia a cartografia geológica sistemática no Brasil, aqui registrada pelo Projeto Noroeste de Rondônia. Além da CPRM, no início da década de 70, foram criados o Projeto RADAM, responsável pelo primeiro conhecimento generalizado na Amazônia e o Projeto REMAC, que gerou o primeiro conhecimento da plataforma continental do Brasil.

Resultados significativos foram decorrentes dessa política mineral, a descoberta de depósitos de estanho, como este de Bom Futuro e Pitinga no Amazonas, que transformaram o Brasil de importador para primeiro produtor mundial desse mineral.


“Ver hoje essa lavra, tendo sua origem em ocorrências cadastradas em área mapeada pela CPRM, nos orgulha de fazer parte da construção desta profícua história”, concluiu o pesquisador. 

Assessoria de Comunicação
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