O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) segue monitorando
o nível do rio Caí. Hoje, o rio está com dois pontos em cota de alerta, no
entanto, o nível vem baixando com a diminuição do volume de chuva. O último
evento crítico monitorado ocorreu entre os dias 26 de maio e 2 de junho. No
período, foram emitidos 22 boletins com previsões de níveis. Os picos atingidos
foram registrados no dia 28, de 12,95m às 7h30 no município de São Sebastião do
Caí e 7,74m às 17h30 no município de Montenegro. Os dados provenientes do
monitoramento hidrológico e os boletins de previsão podem ser acessados através
do site: http://sace.cprm.gov.br/cai/
Régua
de monitoramento do Sistema de Alerta do Rio Caí
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Conforme explica o engenheiro hidrólogo da CPRM Emanuel
Duarte, desde 2010 a CPRM implantou o Sistema de Alertas Hidrológicos da Bacia
do Caí (SAH-Caí). A rede de monitoramento é constituída de 7 pontos, com
estações telemétricas que transmitem em tempo real dados de chuva e níveis dos
rios, associada a um sistema de recepção de dados e previsão de níveis. O
Sistema de Alerta prevê, com antecipação de 10 horas utilizando um sistema de
redes neurais artificiais, o nível que o rio Caí atingirá nas cidades gaúchas
de São Sebastião do Caí e Montenegro. “Assim que o rio atingir cotas de atenção
a CPRM inicia a mobilização de pessoal a fim de definir a escala de
plantonistas que ficam a postos para emissão das previsões de níveis em ocasião
da superação da cota de alerta até que o evento crítico tenha cessado”, explica.
A partir do monitoramento e da previsão hidrológica, as
informações são divulgadas através do site da CPRM e os boletins de previsão
são encaminhados para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres
Naturais (Cemaden), Agência Nacional das Águas (ANA), Centro Nacional de
Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Defesa civil municipal e estadual,
para que sejam tomadas as medidas necessárias para a redução dos prejuízos
pessoais e materiais causados pelas inundações. O trecho baixo do rio Caí, em
São Sebastião do Caí até a foz, que apresenta um relevo plano e de cotas
baixas, é marcado pela ocorrência de inundações nas áreas urbanas,
especialmente Montenegro e São Sebastião do Caí.