quarta-feira, junho 7

Nível do Caí recua com queda no volume de chuvas, mas segue estado de alerta

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) segue monitorando o nível do rio Caí. Hoje, o rio está com dois pontos em cota de alerta, no entanto, o nível vem baixando com a diminuição do volume de chuva. O último evento crítico monitorado ocorreu entre os dias 26 de maio e 2 de junho. No período, foram emitidos 22 boletins com previsões de níveis. Os picos atingidos foram registrados no dia 28, de 12,95m às 7h30 no município de São Sebastião do Caí e 7,74m às 17h30 no município de Montenegro. Os dados provenientes do monitoramento hidrológico e os boletins de previsão podem ser acessados através do site: http://sace.cprm.gov.br/cai/


Régua de monitoramento do Sistema de Alerta do Rio Caí

Conforme explica o engenheiro hidrólogo da CPRM Emanuel Duarte, desde 2010 a CPRM implantou o Sistema de Alertas Hidrológicos da Bacia do Caí (SAH-Caí). A rede de monitoramento é constituída de 7 pontos, com estações telemétricas que transmitem em tempo real dados de chuva e níveis dos rios, associada a um sistema de recepção de dados e previsão de níveis. O Sistema de Alerta prevê, com antecipação de 10 horas utilizando um sistema de redes neurais artificiais, o nível que o rio Caí atingirá nas cidades gaúchas de São Sebastião do Caí e Montenegro. “Assim que o rio atingir cotas de atenção a CPRM inicia a mobilização de pessoal a fim de definir a escala de plantonistas que ficam a postos para emissão das previsões de níveis em ocasião da superação da cota de alerta até que o evento crítico tenha cessado”, explica.

A partir do monitoramento e da previsão hidrológica, as informações são divulgadas através do site da CPRM e os boletins de previsão são encaminhados para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Agência Nacional das Águas (ANA), Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Defesa civil municipal e estadual, para que sejam tomadas as medidas necessárias para a redução dos prejuízos pessoais e materiais causados pelas inundações. O trecho baixo do rio Caí, em São Sebastião do Caí até a foz, que apresenta um relevo plano e de cotas baixas, é marcado pela ocorrência de inundações nas áreas urbanas, especialmente Montenegro e São Sebastião do Caí.