Figura 1 – Mapa das macroplacas tectônicas da região das
Filipinas com o grau de risco sísmico associado) |
O território das Filipinas possui algumas
peculiaridades que a transformam em uma grande zona de atividade sísmica
intensa. Uma delas é estar localizada entre duas zonas de subducção. Ou seja,
nessas áreas há o mergulho de uma placa tectônica sob outra. A placa das
Filipinas está subductando obliquamente a placa da Sonda e sendo subductada
pela placa Eurasiática (Figura 1). Além disso, as ilhas são cortadas por uma
grande falha transformante (Falha Filipina) e ainda possui um vulcanismo ativo.
A Falha Filipina está associada aos maiores
terremotos registrados na região, incluindo o grande terremoto de magnitude 7.6,
na região da Ilha Luzon em 1990. Este terremoto causou grande destruição pela
ilha, ocasionando mais de 1600 mortos, dentre eles 48 crianças de uma escola.
Além dos dados causados diretamente pelos
abalos dos terremotos, também há grande preocupação em relação aos Tsunamis. No
ano de 1976, no Golfo de Moro (Sul das Filipinas), ocorreu um terremoto de
magnitude maior que 8.0, formando um Tsunami que atingiu a Ilha de Mindanao,
provocando mais de 5000 mortes.
(Figura 2 – Mapa da distribuição de epicentros de eventos
sísmicos
com magnitude maior que 4.5 entre os dias 08/04 e 12/04/2017. |
No dia (10/4) às 14:03 (horário UTC) ocorreu o terremoto mais significativo nas Filipinas deste ano, com magnitude de 6.5, no distrito de Mabua. Ao
todo, seis pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas. O
Laboratório de Sismologia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), integrante da
Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), com o apoio de estações internacionais e
nacionais da RSBR, registrou
mais de 150 eventos desde o começo do ano de magnitude maior que 4.5 nas
Filipinas e regiões próximas (Micronésia, Indonésia, Malásia).