quinta-feira, fevereiro 9

Operadores da Rede Sismográfica Brasileira participam de treinamento

Participantes do treinamento vinculados à CPRM,
UFRN, UnB, USP e Observatório Nacional


Ocorreu entre os dias 7 e 8 deste mês, o primeiro treinamento com os operadores da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), no Observatório de Sismologia (Obsis) da Universidade de Brasília (UnB). Ao todo, foram 16 horas de capacitação, com foco na leitura de sismogramas. Dividida em quatro partes, a programação contou com apresentações técnicas, exercícios práticos sobre sismos da América do Sul, regionais no Brasil e de outras partes do mundo, além de debate para troca de informações entre as instituições.


Integram a RSBR, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Observatório Nacional e Obsis da UnB. O professor da USP Marcelo Bianchi ressaltou a importância do treinamento, “conseguimos em dois dias colocar todo mundo para fazer localização igual. O primeiro evento sísmico que localizamos no dia (7/2) deu uma variação de mais de 100km. O último realizado no dia (8/2) deu uma variação de 10km, que é o esperado entre operadores de rede”, destacou.

Operadores da RSBR durante exercício prático
Bianchi ainda acrescenta que a capacitação “com certeza vai impactar, e trazer mais gente colaborando com leituras dentro da RSBR, trabalhando com localizações, para chegarmos em um produto final melhor e uniforme para um país tão grande que nem o Brasil”, disse.

Para o pesquisador em geociências da CPRM, Marcos Ferreira, o encontro permitiu que eles se integrassem e melhorassem a forma de se trabalhar com os dados. Ferreira aponta que os operadores estão “começando a criar ferramentas que serão imprescindíveis para integrar os bancos da RSBR em um processo futuro. Quanto mais integração e discussão entre os membros, você consegue evoluir e trazer todos ao mesmo patamar”, afirma.

A realização do treinamento no Obsis da UnB se deu por conta de Brasília estar na região central do país. Além disso, “o Observatório Sismológico sempre esteve na vanguarda. A sismologia na UnB já tem 50 anos, com um trabalho pioneiro. A primeira estação sismográfica foi aqui, participando de uma rede mundial”, ponderou Marcelo Peres Rocha, professor da UnB. 

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