Diretor-
presidente participou de encontros com executivos de vários países
para apresentar projetos da CPRM
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O diretor-presidente do Serviço
Geológico do Brasil ( CPRM), Eduardo Ledsham, participou, do Mines & Money,
em Londres, a maior conferência e exposição de investimentos em mineração da
Europa, que entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro reuniu 3.600 participantes, entre eles, executivos de 150 empresas de mineração e investidores de 75 países em busca
de novas oportunidades de negócio.
Acompanhado do chefe do
Departamento de Geologia, Marco Túlio Naves de Carvalho, Eduardo Ledsham teve
uma maratona de reuniões com investidores,
representantes de empresas e fundos de investimento interessados em conhecer os projetos da CPRM e o setor mineral
brasileiro. A principal mensagem do diretor-presidente aos investidores é que o
“jogo mudou no Brasil” e agora o país parte para o ataque em busca de
investimentos para aumentar e diversificar a matriz
mineral e incentivar a inovação
no setor com foco no desenvolvimento tecnológico para alavancar
a produtividade, gerar divisas e novos empregos.
Ledsham destacou que o governo brasileiro está articulando junto com a iniciativa privada e Congresso Nacional uma agenda capaz de resgatar a credibilidade do setor e garantir segurança jurídica e previsibilidade aos investidores, com regras claras e flexibilização de acesso as áreas com potencial para atividade de mineração. Ele explicou que a meta do governo é passar de 4% para 6% a participação do setor no PIB. Para isso, de acordo com ele, o governo se afastou de uma tendência intervencionista para incentivar o empreendedorismo e a atração de investimentos estrangeiros.
“O governo brasileiro priorizou a
atração de investimento privado para o
setor ao licitar projetos da CPRM em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul,
Goiás e Tocantins, como parte de um programa de concessão,”disse, citando
também outros 22 mil direitos de exploração mineral em todo o Brasil, que serão
licitadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). De acordo com ele,
ambos os processos de licitação serão iniciados no primeiro trimestre de 2017.
O diretor-presidente garantiu que há um esforço para abrir a mineração
brasileira investidores. De acordo com
ele, o primeiro passo é criar condições para investimentos na fronteira
brasileira por empresas estrangeiras, o que representa quase 23% da superfície
do país. Já o segundo é reiniciar programas de exploração mineral em uma das
últimas fronteiras de greenfield (novos projetos) para depósitos de ouro de classe mundial, na
Reserva Nacional do Cobre (Renca), uma área com mais de 33.000 km² com sequências vulcano-sedimentares arqueanas distribuídas
ao longo de 160 km, onde já existe
mapeada pela CPRM mais de 40
ocorrências de ouro.
Ledsham mencionou aos investidores razões para se
investir no Brasil, entre elas, comentou o potencial do país para novas
descobertas e fertilidade como do Canadá
e Austrália, sendo que, o Brasil ainda
possui baixa maturidade, pois o país recebe menos de 3% do investimento total
em exploração mineral em todo o mundo. “Nosso Desafio é aumentar o nível de
investimento para diversificar e colocar
mais minas em produção, isso naturalmente
dará impulso ao setor com reflexos
no PIB”, explicou.
Ledsham afirmou ainda que é um consenso global de que o Brasil
é um dos principais players da indústria de mineração. “O país produz cerca de
80 substâncias minerais diferentes e é o principal fornecedor global de minério
de ferro, nióbio, bauxita, grafite, entre outras commodities. A receita total
gerada em 2015 foi de US $ 25,8 bilhões. Existem 8.400 empresas mineiras em atividade
no país, gerando 180 mil postos de
trabalho. Esses dados dão a dimensão do nosso setor,” destacou.
Ativos que serão ofertados pela CPRM - o diretor-presidente apresentou aos investidores os quatro projetos da CPRM –
Fosfato Miriri (PE-PB, Carvão de Candiota (RS), Cobre de Bom Jardim (GO) e Cobre, Chumbo e Zinco de
Palmeirópolis (TO) – que a empresa vai ofertar
ao mercado e definidos
como prioridade dentro do Programa de Parcerias
de Investimento (PPI) lançado pelo governo para estimular a atração de
novos investimentos em diversos setores
da economia, inclusive, o setor de
mineração.
Ledsham destacou que o país importa cerca de 95% do potássio e
55% de fosfatos utilizados na agricultura. Ressaltou que o projeto Fosfato de Miriri, um dos ativos
da empresa que será ofertado pode
contribuir para reduzir a dependência por fertilizantes, pois o projeto tem
capacidade para atender a demanda dos
Estados de Pernambuco e Paraíba.
Sobre Palmeirópolis, Ledsham frisou
que ele possui potencial para ser
expandido, pois numa primeira campanha de perfuração onde foi realizado
165 furos com 16.000 metros,
foram identificadas mineralização
de sulfetos maciços e disseminados com créditos de ouro com graus 11,0 g / t Au.
O total inferido Recursos é de 6,6 Mt @ 3,65% Zn; 0,57% Pb; 0,81% de Cu, 98,84
ppm de Cd; 17,55 g / t Ag. “ Esse projeto possui potencial para expandir”, afirmou aos investidores.
O maior evento de mineração da Europa reuniu executivos 75
países em busca
de novas oportunidades de negócio.
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Ledsham destacou que os projetos
da CPRM possuem uma excelente infraestrutura capaz de escoar a
produção, como estradas, portos, ferrovia,
energia, água e mão de obra
qualificada. “Outro fator
importante para o sucesso desses
empreendimentos é que análises socioambientais preliminares não identificaram restrições ambientais que poderiam impedir o andamento
desses projetos.” Ledsham explicou que os
critérios para seleção das empresas vencedoras da licitação pública será o
maior investimento proposto para concluir a pesquisa em três anos. “ Em caso de
sucesso, o vencedor pagará o royalty - a ser definido-, após o início da operação.”
O diretor-presidente também
informou que nos últimos cinco anos, a CPRM, realizou um esforço para cobrir o país com levantamento geofísico
e geoquímico de alta precisão.“Quase 95%
dos terrenos com potencial para ouro, diamantes, metais básicos, minério de
ferro e outros metais foi coberto e toda a base de dados e informações estão
disponíveis para a indústria de mineração em nosso site, sem nenhum custo”,
ponderou.
Competitividade -
Eduardo Ledsham disse que o país está
fazendo o dever de casa para ser mais competitivo no setor de mineração. “Inovação e tecnologia são as chaves para seremos competitivos”, afirmou citando como exemplo, o projeto de minério de ferro S11 D da
Vale, onde a mina e usina usarão 93% menos água, com base em técnicas de moagem
seca e 77% menos combustível, pois o transporte será feito por um sistema que
substitui os tradicionais caminhões. A iniciativa
irá produzir 50% menos emissões de gases de efeito estufa, quando
comparado com os métodos convencionais. O projeto também não terá barragens de rejeitos.
Ledsham citou também o sistema de minério de ferro
Minas-Rio, da Anglo American, que
integra mina, planta, pipeline e porto,
e a Avanco, a primeira empresa
júnior a operar uma mina no distrito Carajás, no Pará. “Novos conceitos
técnicos e modernos levantamentos de exploração integrados podem acelerar os programas
de exploração no Brasil”, afirmou, lembrando que a maioria das minas
brasileiras são a céu aberto e há um “tremendo
potencial para desenvolver projetos subterrâneos. A Província de Ouro de
Tapajós no Brasil é um exemplo, assim como províncias consideradas mais maduras,
como o quadrilátero de ferro”, avaliou.
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
asscomdf@cprm.gov.br
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