terça-feira, novembro 22

Diretor-presidente acompanha ministro durante visita a Carajás

Ministro esteve na frente de trabalho para conhecer o projeto S11D


O Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, visitou nesta segunda-feira (21/11) o Projeto de Mineração Ferro Carajás S11D, da mineradora Vale. O empreendimento é atualmente o maior projeto de mineração do Brasil, incluindo mina, usina, logística ferroviária e portuária. Acompanharam o ministro na visita o secretário de Geologia e Mineração do MME, Vicente Lôbo; o presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Eduardo Ledsham; e o diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Victor Bicca.


Durante a visita, Coelho Filho e as autoridades do MME, DNPM e CPRM tiveram a oportunidade de observar detalhes do projeto, que deve aumentar a produção do Complexo minerador de Carajás, onde se produz o minério de ferro de melhor qualidade do planeta. A capacidade de produção estimada é de 90 milhões de toneladas por ano.

O S11D compreende a instalação de uma mina e de uma usina de beneficiamento de minério de ferro, com três linhas de produção – cada uma com capacidade de processamento de 30 milhões de toneladas/ano. Com investimentos da ordem de US$ 17 bilhões. A geração de empregos diretos estimada é da ordem de 2,6 mil na fase de operação, e de 5,2 mil na fase de implantação. Chegou-se a 10 mil empregos na fase do pico das obras (incluindo temporários).

Ainda durante a visita, os responsáveis pela obra apresentaram também os avanços tecnológicos que melhorarão a eficiência e reduzirão os impactos ambientais do projeto. O transporte Mina-Usina de beneficiamento exclusivamente por correias transportadoras, por exemplo, permite que essa etapa seja feita sem adição de água (a seco), o que reduz substancialmente o impacto ambiental.  A adoção do sistema truckless, que substitui os tradicionais caminhões fora de estrada, reduz em cerca de 70% o consumo de diesel.  As duas medidas possibilitarão uma redução anual de, no mínimo, 50% das emissões de gases do efeito estufa, o que significa cerca de 130 mil toneladas de CO2 equivalente que deixarão de ser emitidas.

Empreendimento em Canaã dos Carajás (PA) vai aumentar
produção nacional de minério de ferro
Tecnologia - uma das principais soluções tecnológicas que transformam a mina de S11D em referência em termos ambientais é a adoção do sistema truckless, um conjunto de estruturas composto por escavadeiras e britadores móveis interligados por correias transportadoras, que, ao todo, somam cerca de 30 quilômetros de extensão operando dentro da mina. 

O novo sistema substitui os tradicionais caminhões fora de estrada, comuns na mineração.  Localizada no alto da serra, a 400 metros de altitude acima do local onde está sendo instalada a usina, a mina do S11D contará com quatro sistemas de escavadeiras e britadores móveis operando simultaneamente. Depois de britado, o material recolhido na frente de lavra será transportado por correias até uma casa de transferência, onde o minério de ferro, a canga e o estéril serão separados e direcionados para a usina de beneficiamento ou para o empilhamento. 

O minério será enviado à usina por meio do Transportador de Correia e Longa Distância, composto por um conjunto de três linhas de correia com comprimento de nove quilômetros. Outras duas linhas, de aproximadamente cinco quilômetros cada, levarão o estéril e a canga para a área das pilhas, também localizada fora da Floresta Nacional de Carajás.

Logística - após o beneficiamento, o minério de ferro de S11D será transportado por ferrovia até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM), em São Luís. Para viabilizar o transporte, foi preciso construir toda uma logística: o chamado S11D Logística consiste na construção de um ramal ferroviário, com 101 quilômetros de extensão; na expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC); e na ampliação do TMPM. As obras de implantação do ramal ferroviário, que vai ligar a usina de beneficiamento do S11D à EFC, envolvem a construção dos primeiros túneis a compor a logística de transporte norte da Vale. Serão quatro túneis, dos quais o maior tem quase um quilômetro de extensão.

Toda a obra busca interferir o mínimo possível na Floresta Nacional de Carajás. Dos 101 quilômetros de percurso do ramal, apenas três passam por dentro da Floresta Nacional de Carajás. A maior parte corta áreas de pastagens, adquiridas pela Vale. Além dos túneis, estão sendo construídas quatro pontes suspensas sobre rios da região, com o objetivo de deixar a área abaixo da construção livre, para que seja naturalmente revegetada após a conclusão das obras, permitindo ainda a manutenção da conectividade florestal e a circulação de animais. Em outros trechos do ramal, foram abertas passagens de fauna.
Em Carajás Comitiva do MME conheceu
o andamento do projeto 

O ramal do S11D vai se conectar a Estrada de Ferro Carajás, em Parauapebas, no Sudeste do Pará. Considerada uma das ferrovias mais eficientes do mundo, a EFC tem 892 quilômetros de extensão, mas opera em linha singela – ou seja, uma única linha com tráfego nos dois sentidos. A ferrovia é entrecortada por pátios de manobra ao longo de toda a sua extensão, que funcionam como desvios, permitindo o vai-e-vem dos trens. Por meio de 48 interconexões entre esses pátios, no total de 570 quilômetros de novas linhas férreas, será possível duplicar a ferrovia. Outras 55 interconexões, perfazendo um total de 220 quilômetros, estão sendo remodelados.


Atualmente, circulam na Estrada de Ferro Carajás 56 composições simultaneamente, somando trens de minério, de carga geral e passageiro. Entre as composições, está um dos maiores trens de carga do mundo em operação regular, com 330 vagões e 3,3 quilômetros de extensão. Nele, é possível transportar 33 mil toneladas de minério de ferro de uma só vez, o equivalente a mil carretas. Com a duplicação da EFC, será possível aumentar a circulação para 69 composições simultâneas, o que permitirá atender ao aumento de produção de minério de ferro que virá com o S11D e com os projetos de expansão do Complexo Minerador de Carajás.

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        -  Com informações MME e Vale

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