Representantes
de entidades públicas e privadas
acompanham o seminário na ACMinas |
Com
o tema “A Mineração Brasileira 2016 a 2018: visão e ações dos novos dirigentes
do setor mineral brasileiro” realizou-se, na quinta-feira 18 de junho, em Belo
Horizonte-MG, um seminário na Associação Comercial e Empresarial de Minas
Gerais (ACMinas).
Promovido pelo Conselho Empresarial de
Mineração e Siderurgia da ACMinas, o encontro foi para difundir a visão a as
ações dos novos representantes do governo federal responsáveis pela condução da
política do Ministério de Minas e Energia para o setor mineral, a cargo da
Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) e órgãos
vinculados: Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM).
A
abertura do Seminário coube ao presidente da ACMinas, Lindolfo Paolielo, que
abordou a importância da entidade para Minas Gerais, cujos princípios e valores
estão voltados para a contribuição ao desenvolvimento e crescimento social e
econômico do estado. Segundo Paolielo, a realização do seminário se justifica
em função de o setor mineral e siderúrgico ser de fundamental importância para
Minas Gerais, e que o momento é de buscar soluções para que haja uma retomada
do crescimento.
Em
seguida o secretário da SGM, Vicente Cruz, destacou a necessidade de juntar
esforços para aproveitar as janelas de oportunidades que o setor oferecerá no
futuro breve. “O crescimento passa pela união de todos os envolvidos com o
setor mineral brasileiro: seja governo, empresas privadas, universidades e
entidades da sociedade civil”, disse Cruz.
Segundo o secretário, a SGM,
juntamente com a CPRM e o DNPM estão se reunindo há 60 dias para discutir uma
política nacional para o setor. Essa iniciativa passa pela criação de um grupo
de técnicos para discutir uma estratégia voltada para dinamizar as ações da
SGM. O momento é de unir esforços para a superação da crise de depressão no
setor, agravada pela queda das commodities minerais e pelas incertezas
provocadas pela proposta do novo marco regulatório da mineração, que vem
afugentando os investidores.
Para
o secretário da SGM o setor mineral é extremamente importante para o país,
contribuindo com 25% da nossa balança comercial e com 4% do PIB. “Não existe
vida sem mineração e é preciso criar um ambiente que unifique todos os agentes
do setor para a promoção do desenvolvimento e crescimento das atividades
minerárias no Brasil”, afirmou o secretário. Continuando, ele ressaltou que o
caminho para o crescimento da economia brasileira passa pela união entre
iniciativas públicas e privadas na elaboração e execução de projetos voltados
para alavancar a mineração.
Sobre
a CPRM e o DNPM, Cruz disse que é importante agregar aos planos da SGM as
informações importantes geradas pela CPRM e que é fundamental reestruturar o
DNPM e inclusive dotando de tecnologia de informação para destravar o grande
número de processos parados na autarquia. Também abordou o problema das
barragens no país, onde defendeu um programa que faça a gestão de barragens
junto com as instituições e empresas que detêm expertise em monitoramento, como
é o caso da CPRM, que possui excelentes trabalho na operação de sistemas de
monitoramento e alerta em áreas de risco, entre outras iniciativas.
O
secretário defendeu a criação de um Centro de Tecnologia Mineral a exemplo do
que ocorre com a Embrapa. “É preciso criar um ambiente propício ao
desenvolvimento de tecnologias para avançar nas pesquisas minerais no país”.
Finalizando conclamou os empresários a se juntarem ao governo federal agregando
ideias e contribuindo para um plano de gestão para resgatar a autoestima da
mineração brasileira.
Após
o secretário discursar, o diretor-presidente da CPRM, Eduardo Ledsham, falou
sobre a CPRM. “Fiquei surpreso com a capacidade de produção de conhecimento
pela empresa, com um corpo técnico altamente qualificado com um grande número
de doutores e mestres, entre os cerca de 1.800 funcionários”, disse Ledsham.
Segundo o presidente da CPRM, o patrimônio de informação da empresa é imenso.
“É preciso melhorar a forma de disponibilizar esse conhecimento para a sociedade”,
lembrou. Já o diretor-geral do DNPM, Victor Bicca, fez uma apresentação
abordando a missão da autarquia, os entraves, e o que é preciso para que o DNPM
atenda às demandas do setor mineral nas questões de requisição de áreas,
alvarás, etc.
Ao
final do seminário, o presidente do Conselho Empresarial de Mineração e
Siderurgia da ACMinas apresentou aos novos dirigentes governamentais um
documento contendo sugestões para o desenvolvimento do setor por meio de ações
que fortaleçam a mineração de forma a contribuir efetivamente para o
crescimento econômico do país, seguindo-se um debate com o público.
O documento com sugestões para os gestores do
governo federal para o setor da mineração está disponível no endereço do Conselho Empresarial de Mineração e Siderurgia.