quinta-feira, julho 7

CPRM divulga ocorrência inédita de Cu-Pb em gossan e brechas hidrotermais no Grupo Nova Brasilândia, em Rondônia


Mapa simplificado do Sudoeste do Craton Amazônico, mostrando os limites aproximados
 das principais províncias geocronológicas, faixas móveis e elementos tectônicos.
(Adaptado de RIZZOTO et al., 2014)
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou o Informe Técnico (número 7) sobre ‘Ocorrência inédita de Cu-Pb em gossan e brechas hidrotermais no Grupo Nova Brasilândia, Estado de Rondônia: resultados, perspectivas e interpretações preliminares’.

O objetivo do informe é apresentar a descoberta de um novo alvo prospectivo encontrado durante o mapeamento de campo do projeto ARIM (Área de Relevante Interesse Mineral) Nova Brasilândia, localizado na região sudeste do Estado de Rondônia, cerca de 460 km ao sul da cidade de Porto Velho. O trabalho de pesquisa foi executado pelos pesquisadores da Residência da CPRM de Porto Velho – REPO.


A ocorrência, denominada P16 (latitude -11°48’6.372’’; longitude -61°29’53.700’’, datum SIRGAS 2000), consiste em crosta gossanífera e brecha hidrotermal rica em quartzo e óxido de ferro com aproximadamente 2,5 km de extensão e 500 m de largura, ambas associadas a teores elevados de Cu e Pb.

Apesar dos baixos teores de Zn obtidos nas amostras analisadas, provavelmente devido a sua alta solubilidade nas condições de lateritização, o gossan e a brecha apresentam características texturais semelhantes às encontradas nos prospectos polimetálicos Pedra-Queimada e DM.


Mapa de localização do gossan P16, com mapa
geológico de detalhe (1:10.000) e bloco diagrama
 esquemático.
O projeto ARIM Nova Brasilândia está focado no mapeamento geológico da Formação Migrantinópolis na escala 1:50.000, devido ao seu potencial para mineralizações sulfetadas polimetálicas. Os trabalhos em curso incluem, também, estudos petrográficos (incluindo microscopia eletrônica de varredura), litogeoquímicos e de difração de raios X das zonas mineralizadas conhecidas e que venham a ser descobertas, além de avançada modelagem geofísica para definição do arcabouço estrutural da região e dos controles das mineralizações.

Durante o desenvolvimento das etapas iniciais do trabalho foi descoberta uma nova ocorrência de Cu-Pb no local denominado P16, que dá nome à ocorrência. Os teores encontrados, até então relativamente baixos, porém anômalos, estão associados a rochas intensamente hidrotermalizadas, com abundantes óxidos de ferro e sulfetos oxidados, muito semelhantes em superfície àqueles que ocorrem mais a leste e já conhecidos.

A característica da zona hidrotermalizada e sua extensão, além dos controles regionais, indicam que a Formação Migrantinópolis, em especial o contato com a Formação Rio Branco, constitui-se em uma unidade de elevado potencial para mineralizações sulfetadas polimetálicas, sendo, portanto, merecedoras de investigação por empresas privadas legalmente habilitadas.