Conferência reúne mais de três mil mulheres em Brasília |
Mulheres de diferentes classes sociais
e provenientes das mais distintas localidades do País estão reunidas na 4ª
Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em Brasília. Durante a
cerimônia de abertura, na terça-feira (10/5), as mulheres lembraram as políticas
executadas desde 2003 que valorizaram e deram poder ao sexo feminino. A coordenadora
do Comitê Nacional de Gênero e Raça da CPRM, Sandra Schneider e a chefe da
Assessora de Comunicação, Laura Fernandes, representaram a empresa na
conferência.
A presidenta Dilma explicou que, além
da força que possui por ser mulher, ela tem conseguido resistir com o mesmo
empenho de todos os brasileiros que foram beneficiados pelas transformações
sociais nos últimos 13 anos, por meio de programas como o Mais Médicos, o Bolsa
Família e o Minha Casa Minha Vida. “Eu carrego comigo a força das mulheres e
também dos homens que se tornaram protagonistas de seus direitos, sujeitos dos
seus direitos, nesses últimos 13 anos”, disse.
“Carrego comigo os 63 milhões de
brasileiros e de brasileiras que não tinham atendimento médico e, agora, têm
pelo Mais Médicos. Carrego os 9 milhões e 500 mil do Pronatec. […] Carrego em
mim a força de vida dos 36 milhões de brasileiros e brasileiras que saíram da
pobreza. Eu carrego comigo os 11 milhões que moram em casa própria do Minha
Casa Minha Vida, em que mulheres são a maioria. Carrego também todos os mais de
4 milhões que fizeram ProUni, que fizeram Fies, que entraram na universidade. E
carrego todos aqueles filhos de pedreiros que viraram doutores”.
Cerimônia
de abertura da Conferência
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A 4ª Conferência Nacional discute
neste ano o tema “Mais Direitos, Mais Poder e Mais Participação para Mulheres”.
Durante o evento, a secretária especial de Políticas para as Mulheres (SPM) do
Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Eleonora
Menicucci, afirmou que avanços não ocorrerão sem que haja ação e organização.
“Nossa mobilização é por mais poder,
mais direitos e mais participação. Não iremos conseguir isso sem uma frente
democrática”, disse a secretária. Para algumas das participantes do 4CNPM, o
processo que Dilma enfrenta se deve, em grande parte, pelo fato de a presidenta
ser mulher.
“O que tivemos antes dos governos do
presidente Lula e Dilma foram migalhas”, disse a psicóloga e secretária de
Políticas para Mulheres de Natal, Aparecida de França. Citando as leis Maria da
Penha (sancionada em 2006 no governo do ex-presidente Lula) e a do feminicídio
(sancionada em 2015 pela presidenta Dilma) e antevendo riscos, Aparecida diz
que a população tem de perceber que o poder pertence ao povo.
“Nossa mobilização é por mais poder, mais direitos e mais participação. Não iremos conseguir isso sem uma frente democrática”, disse a secretária.Para algumas das participantes do 4CNPM, o processo que Dilma enfrenta se deve, em grande parte, pelo fato de a presidenta ser mulher.
As mulheres presentes na conferência
mostraram temor do desmonte e do enfraquecimento das políticas de apoio ao sexo
feminino. Cleide Silva, doméstica e presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Domésticos de Nova Iguaçu (RJ), é uma dessas pessoas. “Se houver mudança de
governo, com certeza vai ter retrocessos. Vamos perder nossos direitos
conquistados. Tenho certeza que se não fosse Dilma, mulher, trabalhadora, a PEC
das Domésticas não teria passado”, apontou Cleide.