Mesa de
autoridades na 4ª Reunião do Comitê
de Coordenação Conjunta |
Brasil e Japão assinaram na segunda-feira (14/3),
no Itamaraty em Brasília, a Minuta de Entendimento do acordo de Cooperação
Técnica Internacional na área de prevenção de desastres naturais para melhorar
a precisão dos alertas, e o relatório de avaliação intermediária do Projeto
GIDES. O diretor-presidente da CPRM Manoel Barretto representou os
pesquisadores da empresa, acompanhado do diretor de Hidrologia e
Gestão Territorial, Stênio Petrovich e do chefe do Departamento de Gestão
Territorial (DEGET), Jorge Pimentel.
O documento valida condutas, procedimentos e
atividades realizadas no projeto, desde 2013, que culminou com a elaboração do
Manual Técnico para os quatro eixos – mapeamento, planejamento urbano,
monitoramento e obras. Os manuais técnicos serão agora testados nos trabalhos a
serem realizados nos municípios piloto de Blumenau (SC), Nova Friburgo (RJ) e
Petrópolis (RJ) – todas sofreram com deslizamentos de terra nos últimos anos.
O Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais (Gides), firmado em 2013, é resultado da parceria entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), com a participação do Serviço Geológico do Brasil (CPRM/MME), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad/ MI), do Ministério das Cidades, estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina e as cidades de Blumenau, Petrópolis e Nova Friburgo.
Geólogo Jorge Pimentel apresenta os resultados
esperados nos municípios pilotos |
A parceria entre Brasil e Japão é baseada na troca
de experiências entre recursos humanos das duas nações. Desde 2014, turmas de técnicos
dos órgãos participantes já receberam capacitação de especialistas japoneses.
Manoel Barretto agradeceu a
oportunidade de fazer parte de um projeto que tem um significado social
relevante. Barretto falou ainda sobre a importância dos órgãos estarem
trabalhando juntos. “Esse projeto, além dos benefícios que traz para todos, tem
uma questão muito importante que é a de trabalharmos no sentido de alcançar uma
unificação na metodologia de trabalho”, enfatizou.
Na ocasião, Pimentel falou
sobre o Manual
Técnico de Mapeamento de Riscos Geológicos que está em fase de preparação. “O
Manual será um termo de referência para que estados e municípios possam atuar
de forma efetiva”, disse. Para o geólogo foi uma grande oportunidade
para a equipe de técnicos do Brasil aprender técnicas e métodos de mapeamento
de risco e perigo realizados no Japão.
Os representantes do governo japonês fizeram uma
avaliação da participação dos pesquisadores da CPRM nos treinamentos
realizados nos dois países. Elogiaram a dedicação e o comprometimento dos
profissionais. Para eles os brasileiros estão
empenhados e dedicados no trato da gestão de risco. Destacaram ainda o papel de
liderança da CPRM na coordenação do projeto.
Representantes do Japão e do Brasil no Itamaraty
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Mapeamento
áreas de risco
De acordo com o mapeamento realizado pela CPRM,
1123 municípios brasileiros estão em áreas de risco geológico, classificadas como
de muito alto e alto, relacionadas principalmente com movimentos de massa e
inundações. O levantamento foi realizado de outubro de 2011 a fevereiro de
2016.
Todos os dados da empresa são
disponibilizados para órgãos e instituições do governo federal, de estados e de
municípios que atuam na prevenção e no monitoramento de eventos climáticos
catastróficos. O objetivo do estudo é reduzir danos e diminuir perdas, de vidas
e materiais.