sexta-feira, agosto 14

CPRM 46 anos de contribuição para o desenvolvimento do Brasil



Com a missão de "Gerar e difundir o conhecimento geológico e hidrológico básico necessário para o desenvolvimento sustentável do Brasil", em 15 de agosto de 1969, o governo brasileiro criou a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), hoje desempenhando as funções de Serviço Geológico do Brasil.

Durante esse período de existência, a Instituição se consolidou como uma empresa pública importante, gerando e acumulando conhecimentos geológicos e hidrológicos essenciais para o País, e, nos últimos anos, veio a ser reconhecida como uma instituição de Estado, necessária e estratégica para o planejamento das ações de governo, participando, atualmente, na formulação dos Planos Plurianuais de Desenvolvimento do Governo Federal. 


Nas duas primeiras décadas de existência (anos 70 e 80), a atuação da CPRM possibilitou um número significativo de descobertas de jazidas minerais, diminuindo a dependência externa destes materiais no País, tornando o setor mineral um dos que mais contribuem para o crescimento e desenvolvimento do Brasil.

Na década de 90, ao mesmo tempo em que a CPRM se consolidava, novas demandas foram surgindo, levando-a a ampliar a sua área de atuação, a exemplo dos países mais desenvolvidos. Assim, de empresa mais voltada para a geologia destinada à pesquisa de recursos minerais, a CPRM se tornou, também, uma referência nacional na geração de uma gama de conhecimentos voltados para a gestão do território, geologia médica, geologia marinha, além da geologia básica, geofísica e recursos minerais, passando pelos estudos dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos e do conhecimento da geologia voltada à prevenção dos desastres naturais como deslizamentos e enchentes.

Passados momentos de grande dificuldade no final da década dos anos noventa, este passado profícuo do setor e da empresa fez com que desde 2003 o Brasil imprimisse um novo vigor ao setor mineral, inicialmente reconhecendo-o como de fundamental importância para o país e introduzindo-o no Plano Plurianual de Governo.

Desde 2004 foram retomadas, fortemente, as atividades de mapeamento geológico e levantamentos geofísicos, levantamentos geoquímicos, estudos metalogenéticos de áreas potenciais para recursos minerais, estudos hidrogeológicos, ampliação e transformação dos Laboratórios em uma REDE de LABORATORIOS DA CPRM com quatro polos de laboratórios analíticos e onze de laboratórios de preparação; criação da REDE AMETISTA DE BIBLIOTECAS com 13 unidades e uma REDE DE LITOTECAS que terá dez unidades, além de uma atualização bastante significativa do parque de informática e da rede de comunicação de dados, com a ampliação dos links entre as diversas unidades. 

Por demanda da Casa Civil da Presidência da República, a CPRM está engajada no esforço do Governo para minimizar os riscos de desastres naturais em várias regiões do País e na perfuração de poços tubulares no semiárido brasileiro para diminuir o efeito da seca prolongada sobre a população local naquela região. 

Na difusão e informação, além da Rede Ametista, a CPRM dispõe da Divisão de Marketing e Divulgação que realiza um trabalho de fundamental importância para a edição e difusão dos inúmeros projetos da empresa e organiza, com esmero, a participação da CPRM nos principais eventos da geologia  brasileira, tais como congressos, simpósios e feiras técnicas e assemelhados.

Houve um aumento significativo na quantidade dos levantamentos geológicos e aerogeofísicos. Somem-se a isso os importantes projetos da plataforma continental brasileira e em águas internacionais e os mapeamentos na Amazônia. Esses estudos atraíram um grande volume de investimentos no Brasil.

Também merece destaque o projeto voltado para as Áreas de Relevante Interesse Mineral (ARIM), cujas informações serão de particular importância quando da introdução do Novo Marco Regulatório da Mineração, em discussão no Congresso.

Todos estes projetos na área da geologia e recursos minerais, incluindo os dados históricos da geologia, geofísica, geoquímica, recursos minerais, riscos geológicos e geodiversidade, tanto o continente como os dados obtidos em pesquisas na Plataforma Continental Jurídica Brasileira estão amplamente disponibilizados à sociedade brasileira através do banco de dados GEOBANK da CPRM. 

Na atuação em recursos hídricos superficiais e subterrâneos, surgiram projetos voltados para as questões mais próximas da população, como os Sistemas de Abastecimento de Água Simplificados, que atendem as populações carentes do semiárido nordestino; os alertas de cheias, onde se destacam os sistemas de alerta do rio Solimões/Negro, em Manaus – AM; de alerta do Rio Doce, em Minas Gerais, de alerta do rio Caí, no Rio Grande do Sul e o de alerta no Pantanal, em Mato Grosso.

A Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (RIMAS) e o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) são importantes ferramentas de gestão das águas subterrâneas do país, assim como os estudos sobre riscos geológicos voltados para a prevenção e mitigação dos eventos de desastres naturais e pela ação do homem, entre outras iniciativas. Também foram criadas ações voltadas para o interesse imediato da população, como as pesquisas de recursos minerais para a agricultura e construção civil.

Também há de se destacar os acordos de cooperação internacionais, com atuação da CPRM em parcerias através de convênios, intercâmbios, assistência técnica entre outras, com países de vários continentes.

Outras ações em destaque se referem à valorização que a empresa dá ao conhecimento e à cultura, sendo mantenedora de um importante museu como o Museu de Ciências da Terra, ora em fase de busca de parceiros para sua plena implementação.

Esta é a trajetória do Serviço Geológico do Brasil que muito se orgulha de ter escrito páginas importantes na história do desenvolvimento brasileiro na área das Geociências e que tem o compromisso de contribuir com a construção de um país cada vez melhor para as futuras gerações.

Dito isto, não se pode deixar de referenciar os idealizadores, diretores e demais gerentes e todos os colaboradores que operaram e operam esta máquina de gerar o conhecimento dos recursos minerais e hídricos do Brasil.