Cerimônia de lançamento da Década Internacional de Afrodescendentes |
O festival
Latinidades, que visa prestigiar o Dia da Mulher Negra Latina Americana e
Caribenha, 25 de julho, começou em Brasília na quarta-feira (22). Entre os
principais temas abordados, estão a superação das desigualdades de gênero e
raça e a diáspora da cultura negra. Nesta edição, o foco foi voltado para o
cinema negro e a importância de valorizá-lo.
Visando
o protagonismo e a representatividade da mulher negra, o festival promove rodas
de debates sobre a sétima arte e as características que o cinema negro tem,
como a produção independente e a presença de políticas afirmativas contra o
racismo. São propostas reflexões a cerca da consciência negra e humanidade.
Mahamame Cisse- Gouro das Nações
Unidas para a África |
Durante
a abertura, a necessidade de combater a discriminação e a importância de
valorizar a identidade negra nas escolas foram os principais temas do debate.
Houve também rodas de conversas que destacaram exemplos e ações desenvolvidas
em algumas escolas públicas de acordo com a lei 10.639, que determina a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" nas
redes de ensino. Outro assunto enfatizado pelo festival foi o papel que as religiões
de matrizes africanas possuem para o desenvolvimento de políticas públicas e da
preservação da cultura negra e afro-brasileira.
No
final do primeiro dia do evento, foi lançado oficialmente no Brasil a Década
Internacional de Afrodescendentes: Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento
2015-2024 pelas Nações Unidas do Brasil (ONUBR), Secretaria de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e Fundação Cultural Palmares.
A
Década tem o objetivo de promover o respeito, a proteção e a realização de
todos os direitos humanos e liberdades fundamentais dos povos afrodescendentes,
reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Combater a
discriminação é um caminho longo, mas precisamos ter persistência e força para
seguirmos em frente”, afirmou o representante regional Alto Comissário das Nações Unidas para a África,
Mahamame Cisse- Gouro.
Nilma Lino Gomes (Seppir) e Jorge Chediek (ONUBR) |
Participaram
da cerimônia, a ministra de estado da Secretaria
de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Nilma
Lino Gomes, o coordenador residente do Sistema das Nações Unidas do Brasil,
Jorge Chediek, a presidente da Fundação Cultural Palmares, Maria
Aparecida da Silva Abreu e representantes dos comitês do Programa de
Pro-Equidade Gênero e Raça da Petrobras e do Serviço Geológico do Brasil
(CPRM).
O
Festival Latinidades continua até o dia 26 de julho no Cine Brasília. A
programação inclui rodas de conversas, shows, peças teatrais e exibição de
filmes.
Acesse a programação completa.
Por: Isabel Alves
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Por: Isabel Alves