O encontro reuniu em Brasília executivos
das
principais empresas de mineração do país |
O VI Encontro de Executivos de Exploração Mineral
promovido pela Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira
(ADIMB), reuniu em Brasília executivos
das principais empresas de mineração do país, governo e entidades do setor,
entre os dias 25 e 26 de junho. O diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM),
Roberto Ventura, representou a CPRM no evento, acompanhado do chefe do Departamento
de Recursos Minerais, Francisco Valdir da Silveira, e do assessor Marco Túlio
Naves de Carvalho.
Ventura apresentou os principais produtos
desenvolvidos pela CPRM para subsidiar programas de exploração mineral executados
no território brasileiro. Ele citou os levantamentos geológicos, aerogeofísicos
de alta resolução e geoquímicos como exemplos da efetiva contribuição governamental
ao setor mineral brasileiro. Destacou também a importância dos seminários sobre
Províncias Metalogenéticas Brasileiras, que estão sendo realizados desde 2013 e
que tem propiciado uma maior interação entre os programas de trabalho da CPRM com
as demandas das empresas de mineração e em consonância com as pesquisas
científicas desenvolvidas pela academia.
Ventura contou que já foram realizados seminários
sobre a Província Seridó (RN), Faixa Paracatu-Vazante (MG) e Província
Juruena-Teles Pires-Aripuanã (MT), adiantando que os próximos terão como tema
as Províncias Tapajós, Carajás e Quadrilátero Ferrífero. O diretor também anunciou que a CPRM acaba de disponibilizar
para venda ao setor, dados aerogeofísicos - magnetométricos e
gamaespectrométricos - de alta
resolução recortados em folhas na escala 1:100.000. Segundo ele, a iniciativa busca incentivar o uso desses dados, porque permite
acesso dos pequenos mineradores e outros usuários aos dados e mapas por um custo menor.
Ventura
destaca importância dos levantamentos
geológicos e aerogeofísicos e geoquímicos |
Ventura explicou ainda que o programa de trabalho
de 2015 da DGM inclui 22 projetos em
Áreas de Relevante Interesse Mineral (ARIMs) e outros dez projetos em áreas de Novas
Fronteiras (NF), as quais possuem pouco conhecimento geológico, porém
apresentam elementos geológicos favoráveis para conter depósitos minerais, justificando-se
assim a intensificação de seu conhecimento. “Nosso foco
é avançar o conhecimento geológico do território
brasileiro e integrar dados existentes, utilizando ferramentas e técnicas
modernas, em especial com maior uso dos dados aerogeofísicos. Esperamos estimular
novos investimentos pelo setor privado, com consequente real desenvolvimento
socioeconômico para o país”, afirmou.
O diretor defendeu a
importância dos projetos da DGM e citou, como exemplo, a interpretação dos dados de gravimetria terrestre
e aérea das regiões de Carajás e Alta Floresta, que integrados com outras
informações geocientíficas permitirão a geração de modelos geotectônicos e
metalogenéticos de grande utilidade para o setor mineral brasileiro. Ventura citou
ainda exemplos de avanços significativos obtidos no ano passado, com a
identificação de condutores eletromagnéticos a partir de dados aerogeofísicos
da CPRM no Quadrilátero Ferrífero e a identificação de diversos novos alvos
exploratórios pelo Projeto Fosfato Brasil.