Composição da mesa de debates do seminário
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O seminário sobre as mulheres no mercado de trabalho, que aconteceu
nesta quarta-feira (15/04), destacou a importância das empresas incentivarem a
igualdade de gênero no ambiente de trabalho. Segundo os últimos dados, a taxa
de desemprego é maior entre as mulheres e os salários ainda são inferiores aos
dos homens.
O evento aconteceu
em Cuiabá, mas teve transmissão ao vivo para todo o país. Ele fez parte do V
Ciclo de Encontros Regionais para o Fortalecimento da Equidade de Gênero e Raça
no Mundo do Trabalho, promovido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Banco
do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Embrapa, Itaipu Binacional,
Petrobras, Serpro e Eletrobras Eletronorte.
Para os debates,
foram levados painéis que continham os avanços e limites que são impostos a
participação igualitária das mulheres no mercado de trabalho, e um panorama dos
ganhos já obtidos no âmbito das negociações na direção da superação das
desigualdades e das discriminações de gênero.
Waldemar Abreu Filho, chefe da unidade da
CPRM em Cuiabá
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O chefe da unidade de Cuiabá, Waldemar Abreu
Filho, representando o diretor-presidente Manoel Baretto, afirmou que vê
mudanças significativas na empresa com a implementação do programa de
Pró-Equidade. “A CPRM, cujo perfil profissional
do setor mineral tem maioria masculina, conseguiu, com a criação dos Comitês
Pró-Equidade de Gênero e Raça em todas as unidades regionais, mudanças na
cultura organizacional. Além disso, mantemos o compromisso de continuar avançando”
afirmou Abreu.
Durante as apresentações, os representantes
das respectivas empresas explanaram sobre as ações afirmativas de superação da desigualdade de gênero no ambiente e relações de
trabalho com os seus
colaboradores. Além das empresas organizadoras, o seminário contou com a
presença da Ex-Ministra da Secretaria de
Políticas para a Igualdade Racial, Luiza Barrios, que ministrou a palestra
magma “Ações afirmativas como estratégia para a equidade de gênero nas relações
e ambiente de trabalho”.
Em sua palestra, Luiza
ressaltou a presença do machismo e do racismo nas empresas brasileiras que
seguem padrões fixos e destacou a importância das ações afirmativas nestes
locais. “As empresas devem está preparadas para a inclusão e isso se dá a
partir dos recrutamentos realizados por elas.” Além disso, Bairros afirmou que
as empresas devem avaliar as formas da ascensão de seus colaborados negros e
mulheres.
Colaboradoras da CPRM Brasília e Belo
Horizonte
acompanham seminário
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Já a secretária nacional de Mulheres
Trabalhadoras da CUT, Rosane Silva, participou em vídeo do debate e observou o aumento
da participação feminina nas frentes sindicais e em partidos políticos. Rosane
conclama a todas as trabalhadoras um projeto de lei que puna as empresas que
não respeitem a igualdade salarial entre homens e mulheres e a licença
maternidade compartilhada. “É responsabilidade do homem, da mulher e do Estado o
cuidado para com os filhos”.
Para a coordenadora do Comitê Nacional de
Gênero e Raça do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Sandra Schneider, as ações
afirmativas são fundamentais. “As ações desenvolvidas pelas empresas dentro do
Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça tem o papel impulsionador para o avanço
em direção aos direitos das mulheres e igualdade no mundo do trabalho, no
âmbito legislativo e nas Negociações Coletivas do Trabalho”.
O seminário destacou ainda a necessidade de
divisões justas nos trabalhos domésticos que muitas vezes sobrecarregam as
mulheres e a importância desse debate sobre equidade de gênero atingir a todos.