Pesquisadores
Iris Bandeira, Raimundo Almir, Loury Bastos, Patricia Simões
e Dianne Fonseca,
responsáveis pelos resultados preliminares. |
A equipe da Superintendência Regional
de Belém (Sureg/BE), do Serviço Geológico do Brasil, divulgou nessa semana os
resultados preliminares do mapeamento de
risco realizado na área urbana do município de Rondon do Pará, no período de 03
a 07 de março deste ano.
O município de Rondon do Pará tem sido
alvo de diversas reportagens na mídia local em função do aparecimento de
imensos “buracos” em sua área urbana, após a incidência de chuvas intensas no
local, que afetaram ruas e causaram danos em residências próximas. Tal situação
levou a Sureg enviar uma equipe de pesquisadores para avaliar as causas e a
extensão do problema, incluindo o município em seu plano de “Ação Emergencial
para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes e Movimentos
de Massa”.
O objetivo é diminuir as perdas de
vidas e materiais
relacionadas a desastres naturais,
com base no mapeamento de risco nas áreas urbanas dos municípios considerados
críticos, com ocorrência de inundações, enxurradas, deslizamentos e erosões.
Após a conclusão dos trabalhos, serão 38 municípios setorizados por tipologia
de risco no estado do Pará.
Os dados preliminares divulgados
identificaram 9 áreas de muito alto risco a processos erosivos. As duas áreas
prioritárias, rua Bahia e rua Leandro, são caracterizadas por apresentar aproximadamente 128 pessoas
próximas às ravinas situadas nas bordas de um relevo de baixo platô, em solo
friável, muito suscetível a erosão. Este ambiente associado ao desmatamento, despejo
de lixo, esgoto sanitário e águas pluviais diretamente na feição erosiva
acelera o processo de aprofundamento e alargamento da ravina, colocando em risco
as pessoas que residem nesse local.
Os pesquisadores da equipe de risco
geológico da Sureg sugeriram a imediata retirada das pessoas das áreas delimitadas
como de muito alto risco e, ainda, a implantação dos sistemas de esgotamento
sanitário e águas pluviais canalizados de forma que o despejo não seja diretamente
no solo. Novos estudos serão feitos em uma nova etapa de campo, com o apoio de
métodos geofísicos, para delimitar mais precisamente as áreas de risco no
perímetro urbano de Rondon do Pará.