Alice Castilho mostra os dados sobre as precipitações
no mês de janeiro em Minas Gerais
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O
Serviço Geológico do Brasil (CPRM), por meio das Superintendências Regionais de
Belo Horizonte e São Paulo, vem acompanhando a evolução da estiagem nos
principais cursos d’água localizados nos estados de Minas Gerais, Espírito
Santo, Rio de Janeiro, parte de São Paulo e sul da Bahia. O trabalho está
integrado ao projeto “Operação da Rede Hidrometeorológica Nacional”,
desenvolvido pela CPRM em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA).
Historicamente,
a região Sudeste do Brasil registra o período chuvoso de outubro a março,
ocorrendo o período de seca dos meses de abril a setembro. Em função das baixas
precipitações registradas nos últimos anos, a CPRM e a ANA alteraram o
planejamento de operação da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) para
acompanhar o período de estiagem observado em 2014. A alteração do planejamento
se deu a partir de maio de 2014, com o remanejamento das equipes de campo para
realizar as medições extras de vazões mínimas. Os resultados do monitoramento
da estiagem de 2014 foram divulgados na forma de relatórios mensais, os quais
foram enviados a diversas entidades que atuam no setor de recursos hídricos e,
também, publicados na página da CPRM (www.cprm.gov.br).
A alteração do planejamento
se deu a partir de maio de 2014, com o remanejamento das equipes de campo para
realizar as medições extras de vazões mínimas. Os resultados do monitoramento
da estiagem de 2014 foram divulgados na forma de relatórios mensais, os quais
foram enviados a diversas entidades que atuam no setor de recursos hídricos e,
também, publicados na página da CPRM (www.cprm.gov.br).
Os
resultados das análises apontaram para uma estiagem severa resultante de três
anos hidrológicos consecutivos de precipitação abaixo da média histórica na
região, com o agravante das precipitações do trimestre de janeiro a março de
2014 terem sido muito abaixo da média. Esse fenômeno acarretou problemas de
escassez de água em diversos segmentos econômicos ligados aos setores público e
industrial, irrigação, geração de energia elétrica e navegação.
Segundo
a pesquisadora em Geociência da Superintendência de Belo Horizonte, Alice
Castilho, as pesquisas realizadas em Minas Gerais demonstram que a estiagem de
2014 foi a pior seca registrada em 70 anos de monitoramento nas bacias dos rios
Pará, Paraopeba, Velhas, Carinhanha e Alto Rio Doce. Já o acompanhamento na
calha do São Francisco, Paracatu, Jequitinhonha, Mucuri, Médio e Baixo Rio
Doce, Paranaíba e Grande, constataram que o período foi um dos mais secos da
história de monitoramento. Castilho também explicou que, com base nas
informações levantadas até o momento, observou-se que as vazões de outubro,
novembro e dezembro de 2014 foram menores do que as vazões de outubro, novembro
e dezembro de 2013, nos afluentes ao reservatório de Três Marias, rio das
Velhas, rio Preto afluente do rio Paracatu, bacia do rio Doce, parte mineira da
bacia do rio Paranaíba e na bacia do rio Grande. “Ao consideramos as
observações anteriores e as baixíssimas precipitações registradas até 19 de
janeiro deste ano, provavelmente, em algumas bacias da região Sudeste, a
estiagem do ano de 2015 será mais severa do que a de 2014”, disse Castilho.
Diante
da grande severidade que se configura para a estiagem de 2015, a CPRM e a ANA
continuarão com a operação especial da Rede Hidrometeorológica Nacional e a
emissão de relatórios mensais de acompanhamento da estiagem na Região Sudeste.