Equipe da CPRM no Workshop |
O diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da
CPRM, Thales Sampaio foi um dos palestrantes do evento, realizado em Brasília,
nesta quarta-feira (2/10). Na ocasião,
ele destacou que a missão da instituição é gerar e difundir o conhecimento geológico e hidrológico necessário para o
desenvolvimento sustentável do País. O diretor explicou as ações desenvolvidas pela CPRM no
contexto do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais.
Sampaio anunciou que a CPRM já mapeou áreas de risco alto e muito alto,
em 823 municípios, cumprindo a meta estabelecida pelo governo; e já elaborou
169 Cartas de Suscetibilidade, que indicam áreas suscetíveis a movimentos de
massa, enchentes e inundações, até dezembro 286 municípios irão ganhar o
estudo.
Segundo Sampaio, a CPRM ficou responsável por
identificar e setorizar áreas de risco alto e muito alto a movimentos de massa
e inundações; além de elaborar cartas municipais de suscetibilidade a movimentos
gravitacionais de massa e inundações; desenvolver e implementar o Sistema de Cadastro de Deslizamentos e
Inundações (SCDI); e ministrar cursos de
capacitação para técnicos municipais na gestão de riscos, sendo que, já
foram treinados 1.400 técnicos de diversas regiões do País.
Mesa de abertura |
“O mapeamento de áreas de risco serve para fazer
prevenção, monitoramento de alerta e resposta. É necessário saber onde estão às
áreas de risco e quais são suscetíveis a serem transformadas em áreas de risco se
forem ocupadas”, frisou Sampaio, ressaltando a importância do trabalho para
auxiliar a Caixa na concessão de financiamento para moradias. “Os dados estão
sendo repassadas à Caixa para que não haja financiamento para construção em
áreas de risco”, informou. Segundo o
diretor os dados coletados pela CPRM são compartilhados com Cenad, Cemadem,
prefeituras e Defesa Civil. “Indicamos ainda quais intervenções estruturais devem ser feitas, tais
como: obras de contenção de encostas e drenagem e sugerimos a retirada de
pessoas se for o caso”, explicou.
Diretor Thales Sampaio durante palestra sobre ações da CPRM |
O diretor citou ainda o sistema de monitoramento hidrológico
da CPRM que monitora os principais rios do País. Ele citou que as previsões
feitas pelo sistema são fundamentais para alertar a população da Amazônia,
Pantanal e dos municípios da
Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais, sobre eventuais cheias. “Nossa meta é até o
final de 2015, estarmos com 15 sistemas de alertas em funcionamento”, disse
Sampaio que, comentou sobre a implantação da rede estratégica de poços no
semiárido, que está sendo instalada pela CPRM para levar água de qualidade à
população. “Já perfuramos 21 poços, com profundidades que variam de entre 400 e 1200 metros e previsão de produção de 2.166 m³ de
água por hora. “Esses poços podem abastecer 1 milhão de pessoas com água de
qualidade”, disse o diretor.
O 1º Workshop sobre ações para enfrentamento de desastres é organizado pelo Conselho Curador do FGTS, Caixa e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional. O objetivo do evento é discutir as ações do governo federal, seus impactos nas fases do desastre e as possibilidades de melhorias para os processos. Participam do workshop, representantes da Casa Civil, Ministério das Cidades, Ministério da Defesa, Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Pela CPRM, além do diretor Thales Sampaio, participaram dos
debates nas sessões temáticas sobre Prevenção/Preparação,
Resposta, Recuperação, Seca/Estiagem, FGTS e Inovação, Cassio Roberto da Silva, chefe do Departamento de Gestão Territorial
(Deget); e os geólogos Rodrigo Gallo, Dario Peixoto, Andreá Trevisol, Vivian
Fernandes e Douglas Cabral.