segunda-feira, setembro 22

Secretário defende ações do governo nas áreas de geologia e mineração

Secretário Carlos Nogueira durante discurso
 na abertura do Congresso

Representando o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na solenidade de abertura do 47º Congresso Brasileiro de Geologia, que ocorre de 21 a 26/09, em Salvador-BA, Carlos Nogueira, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM-MME), fez um balanço da atuação do governo no setor.  Nogueira destacou a importância do evento para as Geociências e o setor mineral brasileiro, não apenas do ponto de vista técnico e científico, mas também do ponto de vista prático, à medida que as discussões e produtos que resultam do encontro têm efeitos importantes também sobre o desenvolvimento das indústrias mineral e petrolífera nacionais.

O secretário frisou o papel da academia e de sua produção científica como indutoras de desenvolvimento humano, social, econômico e ambiental. De acordo com ele, a soma de fatores como riqueza em recursos naturais; conhecimento geológico do território; centros de pesquisa de elevado nível; e profissionais altamente qualificados, colocam o Brasil no centro da atração de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação e também em produção de recursos minerais.  

Sobre as ações de planejamento do governo federal para o setor, Nogueira destacou o reforço das políticas de ampliação do conhecimento geológico e da descoberta de recursos minerais. Ele enfatizou a continuidade do Programa Geologia e Mineração em 2015, no âmbito das políticas de governo, fortalecendo como atividade de infraestrutura e seu caráter estratégico para o desenvolvimento nacional.

CPRM Nogueira destacou ainda o papel do Serviço Geológico do Brasil, cujas ações inseridas no  Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) visam promover o conhecimento geológico do território e do potencial mineral brasileiro. “Apenas nos últimos quatro anos foram investidos mais de 350 milhões de reais em geologia básica, recursos minerais, risco geológico, recursos hídricos, geotecnologias, meio ambiente, geologia marinha, geofísica e geoquímica”, lembrou o secretário, que ressaltou também o protagonismo da instituição na área de geologia marinha, o que demonstra a capacidade brasileira de enfrentar novos desafios.

Secretário lembrou importância da CPRM
 para a geologia brasileira
Marco Regulatório – o secretario defendeu uma legislação moderna para o setor mineral, com uma nova estrutura e dispositivos mais eficazes, seguros e estáveis. Ele explicou que a proposta apresentada pelo governo, que se encontra em discussão na Câmara dos Deputados, inclui uma nova institucionalidade no âmbito do Poder Executivo Federal, com a criação do Conselho Nacional de Política Mineral e da Agência Nacional de Mineração e uma nova sistemática de acesso aos direitos minerários e regimes de aproveitamento. “O que se espera com esse novo arcabouço legal é assegurar a atração de investimentos para o setor e fortalecer a eficiência da gestão pública no aproveitamento de recursos minerais”, disse.

Segundo Nogueira, para modernizar o setor é preciso investimentos e decisões estratégicas. “Não apenas proposições para mudar de lugar órgãos públicos ou retóricas de incentivos localizados, mas mostrar aos setores da geologia e da mineração que eles são importantes dentro dos programas estratégicos de governo, que contam com recursos para  execução e fazem parte de um planejamento consistente que deve ser implementado em parceria com setor privado e  academia”, disse.

O secretário destacou ainda ações desenvolvidas pelo Ministério, entre elas a normatização da Rochagem no Brasil, com aprovação pelo Congresso de projeto de lei que inclui os reminalizadores na categoria de insumo destinado à agricultura; estudos de análise e prospecção de cenários futuros para usos e aplicações de elementos terras-raras e outros recursos minerais estratégicos para o país; estudos visando à implantação de Zonas de Processamento e Transformação Mineral; fortalecimento de secretarias estaduais de mineração; parcerias com universidades e centros tecnológicos para a produção de conhecimento em geologia, mineração e transformação mineral; e modernização tecnológica e organizacional das instituições de governo do setor (CPRM e DNPM), para aprimoramento da gestão pública, por intermédio de parceria com o Banco Mundial.