Dourado durante apresentação do aplicativo
no Congresso
Brasileiro de Geologia
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A iniciativa é
inédita e busca cadastrar geossítios espalhados pelo território nacional. A
consulta é livre e o sistema operado por meio de uma base de dados específica
do Geobank. O aplicativo já conta com mais de 300 geossítios cadastrados que,
em breve poderão fazer parte do patrimônio geológico brasileiro. O Geossit,
como foi batizado o aplicativo desenvolvido pela CPRM, foi apresentado nesta
terça-feira (23/9), pelo geólogo Antônio José Dourado Rocha, no painel sobre
geodiversidade e geoconservação, no Congresso Brasileiro de Geologia, que está
sendo realizado em Salvador.
Durante apresentação o geólogo explicou
como funciona o aplicativo que está disponível para uso dos pesquisadores que
atuam na área e desejam fazer um inventário. Ele mostrou ainda como é feito o
cadastramento e o preenchimento dos dados, que inclui informações sobre
identificação, enquadramento, características geológicas, interesse,
conservação, quantificação e descrição.
“Encaramos esse aplicativo como auxilio para definirmos quais geossítios podem
se enquadrar como patrimônio geológico brasileiro e quais medidas necessárias
para protegê-lo”, informa Dourado. De acordo com ele, o Brasil
possui umas das maiores geodiversidades do mundo, por ter elementos que
representam praticamente toda história geológica do planeta. “A geoconservação
busca proteger os elementos da geodiversidade, que apresentam valor singular do
ponto de vista científico, pedagógico, cultural, turístico e podem ser
considerados sítios geológicos ou geossítios”, explica.
Plataforma de dados - Para Marcos
Nascimento, professor de petrografia do curso de geologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Geossit inova ao catalogar e reunir em
uma única plataforma informações coletadas em campo importantes para
quantificar os geossítios. “O aplicativo tem um ponto positivo que merece
destaque: ele emite valores científicos, educativos e turísticos dos
geossítios. Sem essa plataforma essas informações tão relevantes para
quantificar um geossítio ficam perdidas”, avalia o professor.
Cristina Corvelo, pesquisadora da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), presente na palestra, disse que
o Geossit vai facilitar o trabalho dos colegas, pois criou uma plataforma e
metodologia que antes não se tinha no Brasil para estudar os geossítios.
“Antes a gente tinha que buscar informações e bibliografia fora do país quando
queríamos fazer um inventário, agora com esse aplicativo tudo vai ficar mais fácil”,
comemora Cristina.
O sistema está disponível para consulta
no seguinte endereço: http://www.cprm.gov.br/geossit/geossitios