Grupo discutindo as diretrizes técnicas do
manual
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O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) promoveu,
nos dias 07 e 08/08, o workshop definições e conceitos para a análise de
suscetibilidade, perigo, vulnerabilidade e mapeamento de áreas de risco de
deslizamentos. O workshop faz parte do projeto de Fortalecimento da Estratégia
Nacional de Gestão Integrada de Riscos de Desastres Naturais (Gides). Existem
três vertentes do projeto: mapeamento, alerta e monitoramento e planejamento
urbano. O evento aconteceu para discutir o mapeamento.
O segundo dia do workshop começou com a
consolidação das discussões do primeiro dia. Em seguida os técnicos, gestores e
especialistas se dividiram em grupos para discutir primeiro sobre quais os
mapas são necessários e o conteúdo deles e depois, em um segundo momento, sobre
a composição e conteúdo do Manual e Diretrizes Técnicas do mapeamento de risco.
Segundo Pedro Pfaltzgraff, geólogo da CPRM, foi
definido um prazo de quinze dias para unificar e consolidar o trabalho das
discussões em grupo. “Resolvemos a diretriz básica de como serão realizados os
mapeamentos dentro do projeto Gides, a tendência é que a gente utilize mapas de
perigo. Dentro desse prazo de quinze dias vamos emitir qual será o conteúdo do
sumário do manual.”
Profissionais da tradução simultânea
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Com o sumário decidido será possível realizar
uma reunião ou videoconferência com todos os envolvidos no projeto para seja decidido
qual será a área de atuação de cada instituição, de acordo com a área de maior
afeição. Segundo Pedro, a CPRM, por exemplo, seria responsável por toda a parte
referente a execução dos trabalhos de campo.
A expectativa é que dentro de seis meses ou um
ano o manual esteja pronto para ser testado em duas áreas pilotos. A ideia é
que haja uma área piloto no Rio de Janeiro e outra em Santa Catarina para fazer
uma validação de todo o trabalho, saber se o manual é compatível com o trabalho
feito em campo e se será necessário algum ajuste ou reorientação.
Rafael Machado, do Centro Nacional de
Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), falou sobre o ótimo nível técnico
das discussões e exaltou o fato de que diversas instituições de referência no
país, no caso do mapeamento de área de riscos, estarem juntas na mesma mesa de
debate, diminuindo a distância entre elas. “Tivemos um avanço efetivo no
entendimento entre essas instituições, a cada reunião a barreira entre elas é
menor, começam a formar uma opinião mais comum, mais compartilhada. Esse evento
permitiu a gente dar um grande passo nesse sentido.”
Rafael também falou sobre a organização do
workshop. “Parabenizo a CPRM pela organização do evento, tivemos um ambiente
muito favorável para essas discussões e muito agradável para todos os
participantes.” O evento contou com tradução simultânea de japonês e português,
facilitando o entendimento de todos os participantes.
Técnicos, gestores e especialistas durante o
workshop
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Nos dias 12, 13 e 14/08 acontecerá outro
encontro do projeto Gides, desta vez para discutir monitoramento de alerta. O
evento acontecerá em São José dos Campos, no auditório do Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e contará com a
presença de representantes da CPRM.