Estalactite em formação
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Chama-se de
espeleotema uma formação rochosa originada pela dissolução de minerais e sua
recristalização em níveis inferiores no teto, paredes e chão das cavernas. A
substância mais comum nesse processo é o carbonato de cálcio, que, ao
recristalizar, formam os minerais calcita ou aragonita. Já quando há magnésio
dissolvido é formada a dolomita. Outros possíveis minerais formadores de
espeleotemas são a gipsita (sulfato hidratado de cálcio), e a malaquita
(carbonato básico de cobre).
A água que penetra
pelas paredes de uma caverna traz bicarbonato de cálcio dissolvido. Ao entrar
em contato com a atmosfera da caverna, ela libera CO2, pela diferença de
concentração desse gás. Com isso, resta na água apenas calcita que por ser um mineral
pouco solúvel, deposita-se (precipita) e começa a formar-se um depósito de
carbonato de cálcio, o espeleotema. Caso isso aconteça no teto da caverna,
surgirá provavelmente uma estalactite.
O tempo de formação
de um espeleotema varia bastante. Vai depender do volume de água envolvido, da
velocidade de gotejamento, do teor de gás carbônico na água, da temperatura, da
altura do teto etc.
Os espeleotemas mais comuns são as estalactites, as estalagmites (figuras ao lado) e as colunas.
a a) Estalactites:
formam-se por gotejamento através de fendas ou furos no teto. A água desce pela
fenda ou furo e, ao chegar ao teto da caverna, para em razão da tensão
superficial, formando uma gota. Com isso, o carbonato de cálcio precipita, como
um anel em torno da gota. Quando a gota fica grande o suficiente para cair, a
água se vai e o carbonato de cálcio fica aderido à rocha. O processo se repete
continuamente e assim vai surgindo a estalactite (do grego stalassein,
que significa pingar). Os anéis unem-se uns aos outros, formando tubos
cilíndricos com 2 a 9 mm de diâmetro interno e paredes com aproximadamente 0,5
mm de espessura. Esses tubos crescem rumo ao chão, de 6 a 25 mm por século. A
forma cônica surge pelo escorrimento da água pela parte externa de suas
paredes.
b) Estalagmites: formam-se de modo similar, a partir do sal que ainda ficou na gota quando esta caiu no chão. A água evapora e ele precipita, formando uma estrutura semelhante à estalactite, mas que cresce debaixo para cima. A estalagmite costuma ser cilíndrica e com a ponta arredondada. Pode ter mais de um metro de diâmetro e vários metros de comprimento. Na maior parte dos casos, há uma estalagmite para cada estalactite, mas as primeiras podem se juntar em maciços estalagmíticos.
c) Colunas: formam-se pela união de uma estalactite
com uma estalagmite.
d) Escorrimentos: ao longo das paredes da caverna podem surgir outros tipos de formação, que recebem nomes como órgãos, candelabros, pingentes, discos, folhas e cascatas rochosas, dependendo da forma.
e) Cortinas: interessante figura formada em tetos inclinados, onde a água, em vez de pingar, escorre sempre pelo mesmo caminho, criando finas paredes onduladas. Essas cortinas podem atingir o chão e se tornar muito espessas e resistentes
d) Escorrimentos: ao longo das paredes da caverna podem surgir outros tipos de formação, que recebem nomes como órgãos, candelabros, pingentes, discos, folhas e cascatas rochosas, dependendo da forma.
e) Cortinas: interessante figura formada em tetos inclinados, onde a água, em vez de pingar, escorre sempre pelo mesmo caminho, criando finas paredes onduladas. Essas cortinas podem atingir o chão e se tornar muito espessas e resistentes
f) Helictites e heligmites: espeleotemas espiralados que se formam em tetos, paredes, no chão ou mesmo sobre outros espeleotemas, por mecanismos não totalmente conhecidos e que, às vezes, lembram as raízes de uma árvore.
g) Flores: espeleotemas de aragonita, calcita ou gipsita, que se irradiam em todas as direções, a partir de um ponto central ou de um eixo. Algumas são esféricas como um dente de leão, outras lembram cachos de flores ou flocos de algodão.