Mesa
redonda discute sugestões de projetos de pesquisa na região |
Representantes do governo
federal, empresas de mineração, universidades, estudantes e profissionais que
atuam no setor mineral brasileiro, participaram, entre 15 e 16 de abril, em
Paracatu, Minas Gerais, do 2º Seminário das Províncias Metalogenéticas Brasileiras
(SPMB). O evento debateu o conhecimento geológico da Faixa Paracatu – Vazante,
e os principais desafios para alavancar o desenvolvimento econômico e social da
região, que está se consolidando como uma importante província mineral com
ampla diversidade de recursos minerais, entre os quais: ouro, fosfato, cobre,
chumbo, zinco e diamante.
O seminário foi organizado pelo Serviço
Geológico do Brasil (CPRM) em parceria com a Votorantim Metais, Du Solo,
Faculdade Noroeste de Minas Gerais (Finom), Associação Comercial e Empresarial
de Paracatu. A programação do evento contou com palestras sobre geologia
regional, evolução tectônica, metalogenia, geofísica e geoquímica da Faixa
Paracatu-Vazante, além de debates e mesa redonda que discutiu avanços, desafios
e sugestões de trabalhos futuros da CPRM na região.
Júlio Murilo, geólogo
da CPRM durante apresentação
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A CPRM apresentou diversos
projetos de pesquisa desenvolvidos pela empresa na região nos últimos anos.
João Batista Freitas mostrou resultados dos levantamentos aerogeofísicos; a
geóloga Maísa Abram, falou sobre depósitos de fosfato; Júlio Murilo e Marcelo
de Souza apresentaram a geologia e o panorama do potencial dos recursos
minerais; Joseneusa Brilhante, fez palestra sobre a compartimentação geocronológica
da Faixa Paracatu; Marcos Cristóvão Baptista, discorreu sobre bioestratigrafia
das bacias Vazantes e Bambuí.
O diretor de Geologia e
Recursos Minerais da CPRM (DGM) Roberto Ventura esteve presente no evento
juntamente com a equipe técnica da DGM para discutir ações governamentais para
fomentar ainda mais o conhecimento mineral da região. O diretor avalia que o
encontro consolida a estratégia da empresa de promover o diálogo com a
iniciativa privada e academia. “É uma oportunidade de ouvir as necessidades do
setor e dialogar também com a academia”, destaca. Ventura afirma que o
resultado do encontro foi a definição de algumas diretrizes de atuação
regional. “Vamos delinear nossos projetos tendo como referência nosso principal
cliente, que são as empresas do setor mineral brasileiro”, afirma Ventura.
Diretor Roberto
Ventura durante entrevista
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Desenvolvimento
sustentável – Após a implantação da mina de ouro da Kinross, a cidade de Paracatu vive um boom
na geração de empregos e distribuição de renda. Os setores de serviço e
comércio foram os que mais se beneficiaram da atividade na região. A economia
pujante da cidade atrai empresários, comerciantes, estudantes e prestadores de
serviço. Ajudar a fomentar esse ciclo de desenvolvimento regional com novas
pesquisas que podem descobrir recursos minerais com viabilidade economia é um dos
desafios da CPRM, diz Francisco Valdir da Silveira, chefe do Departamento de
Recursos Minerais da CPRM.
Valdir explica que a
ideia do seminário é unir os diversos
atores da cadeia produtiva com a finalidade de juntos buscarem soluções para os desafios da pesquisa e exploração dos
recursos minerais. Segundo ele, o primeiro seminário foi realizado em Currais
Novos, no Rio Grande do Norte. Ele adianta que o próximo evento será realizado
no segundo semestre, em Alta Floresta,
Mato Grosso.
Homenagem - O seminário foi
também uma homenagem e reconhecimento ao trabalho do professor Marcel Dardenne,
que dedicou parte de sua vida acadêmica estudando e formando geólogos
especialistas na Faixa Paracatu - Vazante
Equipe técnica da DGM participou do encontro |
Segundo Michelle Araújo,
coordenadora executiva da Diretoria de Relações Institucionais (DRI), uma das
responsáveis pela organização do seminário, o evento teve mais de 160 inscritos,
entre os participantes, estudantes e pesquisadores de diversas instituições do
país. O seminário contou ainda com a presença de geólogos da Superintendência
Regional de Belo Horizonte.